quinta-feira, 4 de julho de 2013

PÁGINAS DA VIDA


Na palma da minha mão
Disseram-me que tinha o destino
Quando um dia for velho
Irei voltar a menino!

 
Chamam a isto a roda da vida
Eu chamaria patamares do meu viver
Desde o que nasço
Até ao que vou morrer.

 
Escadaria de uma vida, íngreme e sinuosa
Cravaram em mim tantos espinhos
Até chegar a almejada rosa.

 
Ó vida acre e doce
Tantas vezes vestiste o teu fato de fel
Coube-me a mim como teu ator
Saber desempenhar o meu papel.

 
Uma peça que se divide em múltiplos atos
Onde a vida não passa de uma interrogação
Quantas vezes num laivo de raiva, rasguei o guião!

 
Ó vida de lume brando
Mas por vezes incandescente
Lavraste-me na tua terra
Germinaste esta semente.

 
Desfolho o calendário
Da estrada da minha vivência
Escrevo e faço a história
Que guardo da minha existência!

 

DIOGO_MAR