sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

ORIGENS


 
Ali estavam as paredes imponentes rudes e toscas, resistentes à erosão dos anos, da casa onde germinaram todos os meus sonhos.

Transpiravam suor acre-doce, das raízes da memória dolente a venerarem o passado.

Amores e desamores, derrotas e vitórias, aos ombros derreados do velho gigante do tempo, de cabelos imaculados de sabedoria.

Eu, sentado à janela de sacada, debruçado no parapeito da melancolia, com olhar rasgado, sobre a imensidão daquele vale a segredar-me, lendas e preces, onde crepitam histórias de vidas a perder de vista, entrecortado pelo bailado das águas cristalinas do rio, ora manso ou feroz, mensageiro de abundância, ou fome, esculpido nos rostos encortiçados, pela labuta e angústia, que é a incógnita da generosidade divina das colheitas.

Folheio os dias desbotados, afagando-os com mãos de mundo, gretadas pela enxurrada da saudade a diluir-se, por entre os dedos finados de ânsia.

Repouso sentado à soleira do tempo, embalando histórias de uma travessia, que se eclipsou em cinzas deste peito, escavado por uma lânguida recordação.

Agora já só restam páginas impercetíveis, no rumorejar da saudade.

 

 

DIOGO_MAR

sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

VAZIO


 
É numa febril melancolia de um horizonte corroído pelo pesadelo da ausência, que desfalece este rio esmagado pelas margens, neste peito sofrido e agastado, onde brota um caudal de palavras fosforescentes em candelabros de solidão austera, onde palidamente resta o cintilar dos cristais de um indecifrado livro da memória, alojado no empoeirado arquivo da alma.

Desenho na sombra dos dias a volúpia de um amor idílico, despojado de qualquer sacrilégio, submerso num pranto de lágrimas a derramarem-se na soleira de uma saudade perfumada de amargura demolidora e longínqua.

Ó, amor!!!

 

DIOGO_MAR

quinta-feira, 23 de novembro de 2017

SOU EU...


 
Desenlaço as palavras fosforescentes, num Horizonte de silêncio, na cumplicidade de uma arruela de sonho, que desmorono ou que edifico.

Não me prendo a nada que me defina.

Sou companhia que isaltas, mas posso ser solidão a fervilhar ecos de vozes longínquas, embainhadas de nostalgia.

Serei o que tu quiseres, mas atenção, só quando eu quiser.

Se de mim fazes tua BANDEIRA:

Eu de ti faço minha PÁTRIA!

 

DIOGO_MAR

quinta-feira, 12 de outubro de 2017

NADA MAIS...


 
Jogado na estrada do tempo

Esconjurado pela agrura do meu lamento.

 

Perdi-me, não sei de mim

Despojado do meu caminho

Escabeceio sem ver o fim.

 

Grito de silêncio lancinante

Imploro-te guarida nem que seja por um instante.

 

Becos de breu e abandono, onde só paira a tua silhueta

Consumido por delírios palustres, resigno-me a tal maleita.

 

Rogo a loucura do meu ego

Suspenso pela incógnita de um amor cego.

 

Inquietude de vontades amordaçadas

Desemboca num labirinto de loucuras arrebatadas.

 

Pedes-me o infinito e o além

Cavalgo no vento na terra estéril de ninguém.

 

Agora mergulhado na penumbra e decepado na minha essência

Apagou-se a luz da minha referência.

 

Oiço lá longe o gemido da tua voz

Tento acordar deste sonambulismo, que me esmaga de forma implacável e feroz.

 

Prostrado na Lage crucificadora da solidão

Já só restam despojos órfãos do manuscrito da minha monção.

 

Retalhos de uma vida de engano

Calendário indigente onde não se conhecem dia, mês ou ano.

 

Marca indelével na invisibilidade do crer

Infindável noite sem amanhecer.

 

 

DIOGO_MAR

domingo, 3 de setembro de 2017

ENCRUZILHADA


 
Folheio dias morrentes de histórias inacabadas a latejar num peito vilipendiado pela amargura.

São episódios onde destila saudade, para a qual olho de soslaio pelas ameias deste legado martírio.

Peito esventrado, por estrofes épicas oxidadas de um lírico trovador desencantado.

Raios de pesadelo este, vejo arder as páginas deste meu diário de bordo, sobrando a fuligem, para sarrabiscar com mão trémula a mortiça e cruel palavra passado.

Rendo-me aos Penosos caminhos, que serpenteiam a fonte estéril do meu ser.

Agora, saboreio o ópio corrosivo do desprezo, engajado com a injustiça.

Ferido por essa indocilidade pestilenta, vejo o quanto fui imbecil, ao acreditar numa doutrina onde cabia um código de honra.

Questionado pelo tempo, assalta-me uma inquietude que ouso desafiar, no gume de uma lâmina chamada indiferença cega e raivosa.

Escuso-me a desembrulhar mais capítulos que segregam a minha alma, esconjuro esses momentos exorcizados pela travessia da sacralização ou do endemoninhamento.

Do alto da minha humilde bonomia, outorgo a singeleza da minha mais pura e devota essência.

Aqui me tens...

 

DIOGO_MAR

terça-feira, 29 de agosto de 2017

SÓ FACHADA


 
Fraseando o slogan publicitário (Nós ainda somos do tempo) ... Que se faziam amizades sólidas.

Não pertencíamos a uma sociedade plástica, bacoca e egocêntrica, que adora pavonear-se ao olhar para o seu umbigo.

O protótipo da sociedade da pastilha elástica, masca-se enquanto é doce, para de seguida lançá-la para o lixo.

Tudo isto, é fruto de uma imensurável e lamentável crise de valores, assentes na volatilidade que infelizmente são a matriz desta malta, que só vê no materialismo e na superficialidade o seu modo de vida, fertilizado pelas redes sociais onde emproadamente desfilam na passerelle do ridículo, fútil e banal, sob a guarida dos seus progenitores, que em nada lhes serve de exemplo.

Impera a verdadeira lei da selva viral e demolidora.

São uma mão cheia de nada!

Mas que importa serem crânios no desempenho das suas profissões, se são vazios na sua essência?

Depois temos os Papás, os grandes responsáveis e mentores por tão grave deformação educacional a agitarem a bandeira do orgulho jacobino, dizendo: o meu filho é um craque nisto e naquilo!

Perguntamos-lhe, se esse mesmo craque sabe arrumar o quarto, bem como acondicionar as roupas e calçado nos locais corretos, ajudar nas tarefas da limpeza de casa, por a mesa, tomar conta do irmão mais novo, tratar da sua matrícula na escola, deslocar-se sozinho para as suas atividades, fazer um simples chá para a sua Mãe, trazer o cão a rua passear e apanhar os dejetos.

Sabe?

Cumpre com estas tarefas?

É responsável?

Claro que haverão exceções e ainda bem que as há, mas infelizmente no cômputo geral a realidade é desastrosa.

Temos um tipo de sociedade de farsa, num baile de máscaras fora de época.

Mais grave, alimentam e disseminam o seu artificial ego disso, fingindo serem felizes, bebendo sofregamente até ao último trago o cálice do ópio do engano.

 

DIOGO_MAR

 

domingo, 20 de agosto de 2017

DESAFIOS EDUCACIONAIS


 
Falar de padrões educacionais é algo que nos levaria a uma discussão infinita, isto porque a própria evolução da sociedade nos faz repensar a cada dia qual o melhor modelo para ser adotado, já que cada caso é um caso e não há métodos nem ciência exata para educar um filho, até porque hoje o crescimento psicossomático é muito rápido, daí podemos evocar o velho chavão popular que diz: (Que os filhos são o espelho dos Pais), então há muitos Pais que ficam muito mal na fotografia!

Depois, choram baba e ranho, pelos maus ventos semeados.

Temos pena!

Se há exceções:

Sim, claro que sim.

Aqui, em circunstância alguma se coloca estrato social, porque a educação, disciplina e exigência não se compram, nem se vendem, ministram-se de forma gratuita e dedicada.

Daí o processo educacional ser um constante desafio aos Progenitores, que devem ter engenho e arte, para evoluírem ao lado da criança, adolescente e adulto, assente na máxima de respeito mutuo.

Não é com alheamento do dia-a-dia do filho, tendo o sofá e o comando da TV por companhia, que os Pais conseguirão boa colheita.

É vital, a descodificação de todas as alterações comportamentais.

O filho, tem desde cedo entender que no seu clã familiar, há líderes, os seus Pais, eles é que lhe ditam a cartilha pela qual ele se vai ter de reger e responsabilizar.

O filho terá de aprender a conviver com o lado positivo e com o negativo.

De resto, o não, é tão ou mais pedagógico que o sim.

Uma criança que alcança algo tendo por base a birra, irá sempre utilizá-la para obter os seus objetivos.

Já num patamar superior, troca a birra infantil, pela coação psicológica para com os seus Pais, impondo-lhes prémios pelos objetivos que os progenitores querem que eles alcancem.

Este é um caminho perigoso nada recomendável.

Educar e responsabilizar, não é comprar, ou aliciar.

Eles devem sentir, que estão a cumprir com a sua obrigação.

A criança está constantemente a testar os Pais, temos de estar muito atentos, e nunca adotarmos dualidade de critérios, já que ela o irá interpelar inteligentemente dizendo:

Mas no outro dia tu deste-me, compraste, fizeste!

Eles são a plateia mais exigente e atenta que nós adultos podemos ter.

É nesta base, que um casal tem sempre que agir e falar em uníssono perante o filho, bem como pedir aos avós, ou com a pessoa com quem ela fica durante o dia, para estarem em perfeita sintonia, de outra forma a criança, vai sentir dois pesos e duas medidas nos padrões educacionais, que não abonará nada em seu favor, bem pelo contrário, deixando-a baralhada e até mesmo revoltada.

Deve-se ter um diálogo aberto, franco e leal com a criança.

Falar a mesma linguagem que ela, sem ter que recorrer aos (Inhos e inhas).

A criança, deve desde cedo, familiarizar-se com um tipo de linguagem correta.

Bem como sabermos estimulá-la a realização de tarefas, felicitando-a pela sua execução, até mesmo que não esteja perfeita.

Devemos elogiá-la, e com docilidade corrigirmos os pormenores que estejam menos bem, dizendo-lhe:

Na próxima, já vais fazer melhor!

Tu consegues!

Bom, eu acredito que educar, será a arte mais desafiante que temos pela frente, já que o ser humano se encontra em mutação constante, fruto de todo o tipo de influências e pressões, da sociedade moderna a que está sujeito, mas certamente dos desafios mais arrojados e deliciosos.

 

Eu agradeço aos meus Pais, as palmadas que levei e os castigos que me foram infligidos.

É o mesmo método que adoto para os meus filhos, hoje estamos realizados e felizes e eles reconhecem o quanto foi pedagógica a minha exigência e até mesmo intransigência ao longo dos patamares do seu crescimento.

Fizeram-se rapazes de caráter e personalidade muito forte, a par da humildade e gostarem muito deles, tendo sempre os índices de autoestima bem enraizados, e aprenderam a não chamar amigo a qualquer um, nem serem influenciáveis.

Jamais me deixam ficar mal em qualquer local ou em casa de alguém, fazendo birras.

Comem o que lhes poem no prato, aprenderam a contentarem-se com o que eu acho que eles merecem e incuti-lhes o sentido da responsabilidade e do sacrifício.

Nunca me pedem nada, é quando desperta em mim a inequívoca vontade de os presentear, mas quando eu quero.

Não entro no jogo de recompensas, já que a obrigação deles é estudar para almejar bons resultados, assim como eu trabalho todos os dias para lhes proporcionar a melhor qualidade de vida possível.

Facilitismo nunca!

Este é um processo que deve ser adotado desde tenra idade, de forma proporcional.

Nunca confundir educação com passividade, muito menos libertinagem.

Nunca ser conivente do eu quero, eu tenho!

Nunca responder sim, porque sim, ou não porque não, isso é uma postura ambígua e ridícula!

Deve haver sempre uma justificação que levou à tomada de tal atitude.

Os progenitores, nunca devem adotar a frase feita para se desculpabilizarem pelo fracasso educacional:

Dizendo: os tempos são outros!

Os tempos até que podem ser outros, mas a exigência e padrões educacionais a par dos valores devem ser intocáveis.

Sou um Pai exemplar?

Certamente que não!

Errei algumas vezes?

Com certeza que sim.

Mas tive sempre a humildade de lhes pedir desculpa, até porque sempre lhes disse que não sou perfeito.

Mas que pelo grau de satisfação obtido, voltaria a educar da mesma forma, certamente que sim, ajustando-me num ou em outro ponto.

São admoestados com castigos?

Sim!

Levaram algumas palmadas?

É obvio que sim!

Agora sabem dizer, que preferiam a palmada na hora certa, que o meu silêncio ensurdecedor e indiferença, que os eixava psicologicamente muito apreensivos, tristes e preocupados, pensando que eu já não gostava deles.

Jamais em circunstancia alguma tiveram medo de mim, mas sim respeito.

Sempre que me tecem elogios, dizendo que quando forem Pais querem ser como eu, respondo-lhes dizendo: nunca queiras ser como eu, mas faz tudo para seres melhor que eu.

Quando os filhos, já numa idade de adolescência, não abdicam de serem acompanhados pelo Pai para todo o lado, é porque há uma salutar cumplicidade e porque sempre soube interiorizar e marcar presença bem como falar a mesma linguagem deles, não alimentei a postura de Patriarca altivo num pedestal, nem cavei nenhum foço a separar-nos.

Os problemas deles são os meus, bem como os meus também são os deles.

 

Se de mim fazem a sua Bandeira...

Eu deles faço a minha Pátria!

 

DIOGO_MAR

terça-feira, 15 de agosto de 2017

FESTIVAIS DE EMPRÉSTIMOS


 
Aí estão em toda a sua efervescência, os festivais que varrem este pequeno País de norte a sul.

Tudo se tornou motivo para se chamar de festival.

Foi uma astuta forma, para sacar uns bons euros, aos Pais da maioria da mol humana, que vai em debandada para aldeias, vilas e cidades esgotar recintos com milhares de pessoas, que na sua maioria são putos e pitas, que vivem uma vida faustosa subsidiados pelos seus Papás, os mesmos que tiveram papel ativo e irresponsável na criação de um pântano, para onde precipitaram este Portugal e a avaliar pelas notícias vindas a público, não aprenderam a lição, já que estão a reincidir nos mesmos erros de um passado bem recente.

Mas a chavalada, não lhes interessa nada disso, até porque foram habituados a terem tudo e a que lhes paguem tudo.

Eles limitam-se a exigir e mais nada.

 

(O Banco de Portugal divulgou alguns dados de 2017.

O consumo, registou um empréstimo de mais 145 milhões até ao final de Maio, do que em igual período de 2016.

As famílias fizeram novos empréstimos ao consumo no valor total de 1650 milhões).

 

Eis que está de volta a febre do consumismo desenfreado, tudo se compra recorrendo ao modelo de empréstimo e prestações.

É mais do mesmo!

Depois dizem que foram ludibriados, que houve marketing enganador! Bla, bla, bla...fazendo o papel de vítimas!

Desculpas de mau pagador.

Mas que raios de sociedade de merda, artificial, plástica e egocentrista que alicerça a sua vida na ostentação da mentira e do engano e que não aprende com os seus erros.

Pior ainda, passa orgulhosamente essa execrável herança, para os seus descendentes, os tais que estão ao rubro a gastar uma boa maquia para marcar presença para ver os seus ídolos da música.

Em paralelo aos espetáculos, estão bem definidas as grandes orgias de drogas leves ou mais pesadas, mais sexo, tudo isto bem regado com muito, mas mesmo muito álcool, porque só assim é cool, tanto que por vezes já nem conseguem ver os concertos, já que eles estão completamente OFF.

(Bateu forte mano)!

Mas é para todo este deplorável e degradante espetáculo, que os Papás dão o seu orgulhoso patrocínio e aval e até dizem que é fixe!

(Mas tipo):

Será que eu é que estou ultrapassado e isso dá status social?

Pobre linhagem de fachada a cair de podre.

Este é o exemplo acabado de uma felicidade mentirosa, paga em prestações.

Mas se calhar é giro!!!

 

DIOGO_MAR

quarta-feira, 9 de agosto de 2017

O TRAVO DA MEMÓRIA


 
Não, não me peças o que eu não te poço dar.

Não, não me exijas o que não tenho para te oferecer.

Não, não me digas o que os meus ouvidos não ouvem.

Não, não me mostres o que os meus olhos não veem.

Não, não me faças sentir o que não sinto.

 

Eu sou o longe e a miragem, o vazio cheio de nada, um rio esmagado pelas suas margens.

Caminho pelo acaso de mão dada com a lonjura, arrebatado por sonhos inatingíveis.

Peito dilacerado por cicatrizes que o tempo não apagou.

Afago os dias, emoldurados na paleta de cores esbatidas pela penumbra de uma aurora que tarda.

Jogo castigador, num abraço desabraçado vindo das entranhas do impenetrável.

Grito em silêncio num apelo às minhas ténues e mortiças forças.

Hoje venero a aceitação a que me resigno.

 

Se tu me ouvisses!

Se tu voltasses!

Se tu recriasses o hino da alegria, da espontaneidade e verdade que juntos ecoamos.

Lembras-te?

Mas tal como a água que nunca passa duas vezes sob a mesma ponte, também o nosso capítulo secreto teve o seu epílogo.

Agora as palavras estão moribundas tornaram-se efémeras.

Não ouso blasfemar pela tua ausência.

Até sempre!!!

 

DIOGO_MAR

terça-feira, 8 de agosto de 2017

NÃO TENTEM MINISTRAR-ME LAVAGENS CEREBRAIS...


 
Política, religião, sexo, desporto...

Sou uma mente aberta, recetiva aos novos tempos, um progressista por natureza, desalinhado com o tradicionalismo castrador e de clausura.

 

Desculpem-me a franqueza, mas repudio mentes retrógradas, é que não tenho mesmo pachorra!

 

Sou fiel aos princípios e valores que devem nortear o individuo, mas que não sejam inquinados e bolorentos, nem algemem o percurso de vida escolhido.

 

Se há algo que nunca abdicarei, é de ser incondicionalmente igual a mim próprio.

 

Não prostituo o caráter nem a personalidade, é uma questão de ADN.

 

Prefiro a frontalidade fraturante, a um consenso hipócrita.

 

DIOGO_MAR

sábado, 5 de agosto de 2017

NO RASTO DAS TRILOBITES


 
Aqui vos deixo, um pequeno documentário ao qual emprestei a minha voz, que narra as origens longínquas do concelho ao qual pertenço:

VALONGO

É um trabalho que obedeceu a regra dos três cês.

Claro, correto e conciso.

 

Clique no link abaixo e disfrute deste magnifico documentário.

Parabéns, a toda a equipa que realizou e produziu este pedaço de história.

 


 

DIOGO_MAR

segunda-feira, 31 de julho de 2017

DISCORDÂNCIA


 
Perante a tua implacável prepotência

Respondo, com irredutível intransigência.

 

Semblante vestido de arrogância

Reduzo-te à insignificância.

 

A tua raiva feroz moldada à Insolência

É aniquilada pela minha astuta Inteligência.

 

Irradias absoluta opulência

Traço-te o caminho para exequência.

 

Jogas com dados viciados sem transparência

Não me dou por vencido retribuo com irreverência.

 

Do alto do teu pedestal, cintila toda a tua petulância

Eu respondo com toda a minha relutância.

 

Personagem de fachada podre de ignorância

Despertas em mim um sentimento de Decadência.

 

Altivez déspota de eloquência

Ofusco-te com a humildade da minha essência.

 

Esperavas de mim mordaça e obediência

Erraste, o meu carater e personalidade não tem essa apetência.

 

Não vergo à tua manigância

Sou fiel à minha referência.

 

Afronto a tua acutilância

Mostro-te o caminho da razão e jurisprudência.

 

Viveste uma vida de Mentira à mesa da ganância

Agora na tua curva descendente fica com a minha tolerância.

 

Mesmo moribundo, imanas uma loucura flamejante, num hino à exuberância.

Agora só e abandonado, jogado na sarjeta, chega o último suspiro, cumpre-se a cartilha da condolência.

 

Querias suplantar-me ao jugo da subserviência

Apliquei-te a estocada final a Sapiência

Percurso vertical que tracei desde a infância

Espelha a arte maior da minha existência.

 

DIOGO_MAR

terça-feira, 25 de julho de 2017

ESCUTA:


 
Se te perguntarem por mim, diz que habito na sombra dos dias.

Diz que sou a vida rascunhada numa sebenta de indefinições.

Diz que sou a imprevisibilidade previsível.

Diz que sou os pontos cardiais onde te perdes.

Diz que sou o copo meio cheio, ou meio vazio.

Diz que sou a água doce e salgada, a foz das tuas lágrimas.

Diz que sou revolto ou bonançoso, mas porto de abrigo.

Diz que sou a brisa, que te beija e afaga teus cabelos.

Diz que sou o abraço invisível que reconforta a alma.

Diz que sou o muito cheio de nada, ou o nada repleto de tudo.

Diz que sou uma loucura viciante e sadia.

Diz que os arpejos do meu silêncio, são a mais bela melodia que inunda teus ouvidos.

Diz que sou guardião das noites de tormenta.

Diz que sou a luz que se veste de breu.

Diz que sou a invisibilidade visível.

Diz que me sentes, sem que eu te toque.

Diz que paira no ar a fragância do meu perfume.

Diz que sou o alento para calcorrear os dias.

Diz que sou o encanto desencantado, a imperfeição mais que perfeita.

Diz que sou o agridoce de todos os anseios famintos.

Diz que sou um sentimento de ódio emoldurado em amor.

Diz que sou o profano que exalta o divino.

Diz que sou todas as incógnitas que habitam as páginas do teu livro.

Diz, diz por dizer, craveja o meu peito dilacerado, dele brotará água para saciar tua sede, o fogo de Santelmo que te iluminará nas trevas.

De forma indelével continuarei a habitar na sombra a escudar-te do mal.

Diz que sou tua Bandeira:

Eu, chamar-te-ei de minha Pátria.

 

 

DIOGO_MAR


sábado, 22 de julho de 2017

PORQUÊ QUE HÁ DIAS ASSIM?


 
Sabes Daniel, recuso-me determinantemente, a dizer-te adeus, porque houve momentos na tua tenra idade que jamais se apagarão da minha memória.

Eras uma criança ímpar:

Docilidade, serenidade, espirito de interajuda e afável, atributos que te definiam e faziam de ti uma criança apaixonante.

Daniel, serás para todo sempre o amigo muito especial que guardo.

O meu golfinho tal como te chamava, quando começaste a dar as primeiras braçadas, e as nossas brincadeiras na piscina.

Partiste aos 16 anos de forma abrupta, brutal e prematura. Mas olha Daniel, eu vou continuar a ter-te bem vivo no álbum das minhas melhores recordações.

Descansa em paz meu querido Daniel meu golfinho.

Por tudo isto me nego a dizer-te adeus.

Daniel, até sempre meu campeão...


Há momentos que tal como as palavras, também a escrita fica embargada.
É o que me está a acontecer.
Não encontro definição para tal crueldade, nem para o misto de dor e raiva, da morte me ter roubado, uma grandiosa e ímpar criança, e, um enorme adolescente!
Estou despedaçado de sofrimento, mas sei que já és mais uma estrela a brilhar no céu e que estás do meu lado.
Simplicidade, carinho, entrega e dedicação, atributos que encontrei em ti desde os 4 anos de idade.
O ano passado não pude ir fazer férias contigo por contingências profissionais, este ano que nos íamos encontrar, tu partiste.
A distância que me impossibilitou de estar no ultimo adeus que recuso, mas sim um até sempre, deixa em mim um travo de revolta, jogando-me na sargeta do desespero e tristeza adornada por lágrimas atrevidas que se escapam ao recordar-te.
As brincadeiras na piscina do teu prédio a tua atenção e interatividade comigo são inenarráveis, nunca mais encontrei criança como tu.
As nossas idas até as praias de Albufeira, o nosso barco insuflável e as piruetas que com ele fazíamos, encaixilhadas nas tuas gargalhadas contagiantes.
Por tudo isto, não, não será um adeus, mas até sempre meu querido amigo Daniel.
Acredita, o que nos une, perdurará para lá do infinito.
ÉS GRANDE...
 
 
DIOGO_MAR

sábado, 10 de junho de 2017

PÃEZINHOS DE LEITE



O título, até que lhe pode sugerir uma receita bem saborosa, mas infelizmente o apuro final é bem amargo.

 

Dizem que para nos realizarmos em toda a plenitude, devemos cumprir estes três objetivos:

Ter um filho, Plantar uma árvore e escrever um livro.

Comum aos referidos objetivos, é vital: Responsabilidade, criatividade, entrega e amor.

Infelizmente é nestes quatro itens que reside o fracasso educacional dos novos tempos.

Novos tempos que são feitos por todos nós e que não nos podemos desculpabilizar com esta frase feita.

Fico estarrecido com o acompanhamento que os progenitores dão aos seus rebentos.

Sentido de responsabilidade zero!

Incutiram-lhes o direito pelos seus direitos, ignorando a obrigação dos seus deveres.

Entrega as suas obrigações, pelas quais devem ser responsabilizados volta a ser zero!

A criatividade, bem essa, fica-se pela delapidação do património coletivo, mas que é coll vandalizar.

Por fim o amor, espelham um tipo de amor egocêntrico, mostrando absoluta indiferença a todo o resto, a menos que colham dividendos em proveito próprio.

 

Os Papás desta fornada, são maus ao quadrado!

Sei que não há padrões educacionais estanques cada caso é um caso, mas de uma coisa tenho a certeza, boas maneiras e responsabilidade são imprescindíveis e vitais à sólida construção do individuo.

É premente que os progenitores entendam que é importante a terapia ocupacional, mas mais importante é a construção intelectual de valores que devem estar fortemente enraizados.

Hoje assistimos a um fenómeno doentio e distorcido da realidade.

Os Pais sobrecarregam os filhos em todo o tipo de atividades e mais algumas durante a semana e até fins-de-semana, numa corrida contra o tempo, achando que dessa forma os preparam melhor para os desafios do futuro, almejando o sucesso na competitividade profissional.

Precipitam as crianças e adolescentes, em adultos de forma precoce.

As atividades extra são importantes, mas não devem ser encaradas como obrigações.

Os Pais devem saber que se as crianças não forem sadias, jamais serão adultos capazes de competir por coisa nenhuma, podem-se tornar em adultos frustrados e inseguros.

Há que saber dosear e pautar os tempos libres das crianças, evitando distúrbios psicológicos e estresse colmatando a grave lacuna do equilíbrio dos tempos libres que deviam ser de convívio e troca de conhecimentos familiares. Mas que infelizmente ninguém sabe de ninguém!

Mais que ter desenvoltura física e muscular, torna-se vital a desenvoltura intelectual e psicológica.

Até mesmo nas pausas para as refeições, não estão todos há mesa nem se desliga a televisão e telemóvel, abstraindo-se do supérfluo, em prol do convívio familiar e uma boa conversa, de retrospetiva do dia.

Deambula-se pela banalidade e futilidade, flanqueando e mascarando a realidade.

Os Pais não educam os filhos, adotaram outra postura, que foi comprá-los, proporcionando-lhes uma vida faustosa, de mentira e engano.

Eles até que não se importam com esse tipo de atitude, já que lhes implantaram a paixão cega pelo materialismo por excelência, dessa forma veem juntar o útil ao agradável.

Os Papás, tardam em constatarem que o modelo de educação que tem vindo a ser adotado nos últimos vinte e cinco anos é um modelo falido de valores, que devem nortear o ser humano.

Programas escolares facilitados, tornando-se ridículos e medíocres.

Grau de exigência zero, até porque os números estatísticos é que são importantes.

É o verdadeiro embuste do ensino, transitam de ano praticamente todos!

Meios tecnológicos a distancia de um clique, tardando o mais importante, o clique da inteligência, valores, cultura e conhecimento.

Têem tudo e não tem nada.

Olhando a nossa volta, contam-se pelos dedos os adolescentes e jovens com postura vertical, de carácter e personalidade sólida.

Podemos concluir que todo o modelo educacional bem como o investimento feito pelos progenitores nos seus filhos, não tem qualquer retorno, logo foram e são milhares de euros lançados ao lixo.

Se estes jovens são apelidados por precoces na utilização das novas tecnologias, logo também devem estarem aptos para o desempenho das mais elementares tarefas domésticas, bem como serem responsabilizados pelos seus atos e conduta no seu dia-a-dia, não podem haver dois pesos e duas medidas.

O facilitismo a par da desresponsabilização pariu uma geração materialista, influenciável e egocentrista a coberto pelo culto do belo.

A puberdade deu lugar há pobre idade.
Se os alicerces basilares são podres como se pode exigir alguma coisa de alguém que nunca foi educado a ser responsabilizado pelos seus atos!

Depois os Papás choram baba e ranho, afogam-se em antidepressivos, perante o quadro que pintaram e alimentaram.

Temos pena!

É o reinado do culto da artificialidade absoluta, de uma geração do faz de conta, porque é vital manter o status quo.

Bom, dizem que os filhos são o espelho dos Pais, ora bem, se assim é, então realmente constato que muitos Papás ficam muito mal na fotografia.

Exibem os filhos perante os amigos e colegas erguendo-os como um trofeu de exaltação do belo e da perfeição.

Mais tarde, quando essa pseudo-educação cai por terra e os meninos e as meninas começam a fazerem merda, então o que antes era bandeira, agora tenta-se esconder ao máximo, para que os outros não saibam que saltaram fora do trilho.

Mas que raios de sociedade fingida e hipócrita assente em areias movediças.

Envergonhem-se e não se lamentem de tão negros fúteis e banais ventos que semeastes.

Estes pãezinhos de leite são mesmo de muito má qualidade, porque os seus educadores são de casta resplandecente, mas oca.

Assim se construiu e constrói, um modelo de sociedade que alienou o melhor que o individuo deve ter:

Valores e educação

 

DIOGO_MAR

sábado, 27 de maio de 2017

CALEM O MEGAFONE


 
Os sindicatos mais uma vez elevam-se ao pedestal de guardiões dos trabalhadores.

Reivindicam e argumentam, tudo em nome dos trabalhadores.

Querem e voltam a querer, mais e ainda mais, sempre mais!

Pertencem a uma extirpe insaciável e demagoga que fundamenta o seu repetitivo e monocórdico discurso sempre com a mesma entoação de voz, profetizando a desgraça.

O diálogo com os governos é sempre feito na base da ameaça da greve, é um direito que lhes assiste, mas que de preferência, seja feita a sexta ou segunda-feira, o que se torna oportunista, vergonhoso e ridículo.

Só sabem apregoar os direitos dos trabalhadores!

E os deveres que os mesmos também devem ter?

O respeito pelo trabalho e por quem lhes paga ao fim do mês?

Raios de retórica e ideologia ferida de imparcialidade e de querencia.

Basta os indicadores económicos estarem a dar sinais de alguma melhoria, para que estes senhores, não hesitem em vir para a praça pública revindicar, que é necessário pagar mais e melhorar consideravelmente os direitos dos trabalhadores.

Este tipo de discurso já me enoja!

Deviam também dizer que alguns trabalhadores deviam pagar para trabalharem, tal é a falta de profissionalismo, desleixe e incúria.

Cristalizaram no tempo, à sombra da antiguidade que era um posto.

São um peso morto na empresa.

Depois justificam tudo isto, alegando desmotivação dos trabalhadores, mas a sua tese cai por terra já que antes da adoção de algumas medidas penalizadoras o filme era mais do mesmo.

Ou seja:

Trabalhar muito ou pouco, bem ou mal, não é relevante o importante é ganhar mais e mais e sempre mais.

E ter mais direitos claro está!

Tenham vergonha e coloquem de lado a fome de protagonismo saloio e mentalidade retrógrada.

Os grandes desafios e exigências da nova matriz empresarial, em todas as áreas, irá pôr à prova os que realmente são melhores, os que se transcendem e sacrificam, tudo em prol da sua carreira e do seu profissionalismo ao mais alto nível.

Os que não entrarem neste comboio, ir-se-ão quedar irremediavelmente pela mediocridade.

É justo que assim seja!

Quanto aos sindicatos, assumam um papel de reivindicação construtiva e ajustada à realidade do País.

Não usem os trabalhadores como marionetas de jogos políticos.

O que de facto é necessário reivindicar, é uma profunda mudança de mentalidade, isso sim!

 

DIOGO_MAR

quinta-feira, 25 de maio de 2017

CAPÍTULO


 
Ardem em lume brando, palavras órfãs de alento

Varridas por ventos agrestes que ceifam meu tormento.

 

Paragens longínquas estéreis de esperança

Gemido do restolho ecoa a melodia desafinada da descrença.

 

Dias alinhavados na morrente da história

Monção vadia e demolidora fragmenta a memória.

 

Sem norte nem identidade

Passageiros do tempo, que coabitam na travessia da minha idade.

 

Erupção de raiva espelha o meu sofrimento

Jovialidade servida numa bandeja de passado, onde já só mora o desdém do tempo.

 

Definham vontades fugidias no gume da indiferença

Dilacerado arrasto-me na torrente da minha existência.

 

Assaltado por uma ira inusitada

Resigno-me a uma mão cheia de nada!

 

DIOGO_MAR

sexta-feira, 19 de maio de 2017

CHEGOU O SALVADOR!


 
AMAR PELOS DOIS

 

Eis o Salvador Sobral!

Foram precisos largos anos de espera para que finalmente a humildade mais a simplicidade conjugada com uma belíssima letra da sua Irmã Luísa Sobral, incorporada por uma fantástica voz, para que esta travessia no deserto chegasse ao fim.

 

Não foi necessário penteado ridículo!

Não foi preciso atoar semivestido, ou seminu, para ser votado pelas linhas corporais!

Não foi necessária uma letra de conteúdo vazio e execrável!

Não foi preciso um ritmo repetitivo e plástico, música descartável!

Não foi necessário vergar-se aos interesses instalados das editoras!

Por tudo isto, vai todo o meu apreço e agradecimento:

 

Muito obrigado Salvador e Luísa Sobral!

Vocês são enormes e projetaram o nome de Portugal pela primeira vez à galeria dos vencedores do Festival da eurovisão!

 

DIOGO_MAR

quarta-feira, 17 de maio de 2017

UMA QUESTÃO DE ATITUDE



A geração dos meus pais não foi uma geração à rasca.
Foi sim uma geração com capacidade para se desenrascar.


Numa terriola do Douro as condições de vida não eram as melhores.
Mas o meu pai António não ficou de braços cruzados à espera do Estado ou de quem quer que fosse para se desenrascar.


Veio para o Porto, aos 14 anos, onde um seu irmão, um pouco mais velho, o Artur, já se encontrava.
Mais tarde veio o João, o irmão mais novo.


Apenas sabendo tratar da terra e do pastoreio, perdidos na grande e desconhecida cidade do Porto, lançaram-se à vida e aos grandes desafios que tinham pela frente, longe dos seus Pais e restante família.
Porque recusaram ser uma geração à rasca fizeram uma coisa muito simples.

Foram trabalhar.

Não havia condições para fazerem o que sabiam e gostavam.
Não ficaram à espera.


Foram ferreiros, taberneiros, carvoeiros, trabalharam na construção civil.

moldaram o ferro, fizeram milhares de bolas de carvão ergueram prédios e serviram milhares de copos de vinho ao balcão.

Foram simples empregados de tasca.
Mas pouparam.
E quando surgiu a oportunidade estabeleceram-se como comerciantes no ramo.


Cada um à sua maneira foram-se desenrascando.

Porque sempre assumiram as suas vidas pelas suas próprias mãos.

Porque sempre acreditaram neles próprios.
E nós, eu e os meus primos, nunca passámos por necessidades básicas.


Nós, eu e os meus primos, sempre tivemos a possibilidade de acesso ao ensino e à formação como ferramentas para o futuro.
Uns aproveitaram melhor, outros nem tanto, mas todos tiveram as condições que necessitaram.
E é este o exemplo de vida que, ainda hoje, me norteia e me conduz.


Salvaguardadas as diferenças dos tempos mantenho este espírito de garra.

Não preciso das ajudas do Estado.
Porque o meu pai e tios também não precisaram e desenrascaram-se.


Não preciso das ajudas da família que também têm as suas próprias vidas.

Não preciso das ajudas dos vizinhos e amigos.
Porque o meu pai e tios também não precisaram e desenrascaram-se.


Preciso do meu elevado e exigente grau de profissionalismo.

Preciso de mim.
Só de mim. E por isso, não sou, nunca fui, de qualquer geração à rasca.
Porque me desenrasco.


Porque sempre me desenrasquei.

O mal desta autointitulada geração à rasca, é a incapacidade que revelam:

Habituados, mal-habituados, a terem tudo de mão beijada.

Habituados, mal-habituados, a não precisarem de lutar por nada, porque tudo lhes foi sendo oferecido.

Habituados, mal-habituados, a pensarem que lhes bastaria um canudo de um qualquer curso dito superior, para terem garantida a eterna e fácil prosperidade.

Sentem-se desiludidos!
E a culpa desta desilusão, é dos "papás", que os convenceram que a vida é um mar de rosas, ao tratá-los como se fossem flores de estufa, de forma principesca.


Mas não é!

É altura de aprenderem a serem humildes.

É altura de crescerem mentalmente e olharem para as adversidades de forma audaciosa e irem à luta.

É altura de se tornarem responsáveis e fazerem opções.

Podem ser "encanudados" de qualquer curso, mas não encontram emprego "digno".

Podem ser "encanudados" de qualquer curso, mas não conseguem ganhar o dinheiro que possa sustentar, de imediato, a vida que os acostumaram a pensar ser facilmente conseguida.

Experimentem dar tempo ao tempo, e, entretanto, deitem a mão a qualquer coisa.

Mexam-se, façam-se à vida!

Trabalhem!

Sacrifiquem-se!

Ganhem dinheiro.
Na loja do Shopping.
Porque não? aaahhh porque é doutor...
Doutor em loja de Shopping não dá status social.
Pois não, temos pena. Mas dá algum dinheiro.
E logo chegará o tempo em que irão encontrar o tal e ambicionado emprego "digno".


O tal que dá status.

O meu pai e tios trabalharam na construção civil, fizeram bolas de carvão, venderam copos de vinho e trabalharam o ferro.

Eu, que sou Jornalista, locutor, relações públicas, em alturas de aperto, fui vendedor, dei explicações, fui DJ etc.
E garanto-vos que sou hoje muito melhor e mais reconhecido socialmente, que se tivesse tido a papinha toda feita, como esta geração que em vez de prioritariamente se preocuparem em moldar o corpo deviam-se empenhar a trabalhar sim o cérebro.
Geração à rasca?

Vão trabalhar que isso passa.

Cresçam, façam-se a vida, tenham objetivos.

Deixem de ser plásticos e artificiais.

Abdiquem dessa fome voraz pelo materialismo.

Tenham valores, personalidade e carater.

Sabem o que isso é?

Pois, infelizmente não!

À rasca, mesmo à rasca, também já tenho estado.
Mas vou a casa de banho e passa-me!!!


 DIOGO_MAR