Navego neste mar sem fim
Feito um barco à deriva, perco-me no infinito, sem saber de
mim.
Mar de encantos de uma força atroz
Quero falar-te ao ouvido
Por favor, escuta a minha voz!
Devoras o tempo com um apetite voraz
Mar gigante, o que te faz ter o coração dividido entre a
guerra e a paz?
Salgas o meu corpo embalado pelas tuas marés
Desancoras os meus sonhos acorrentados no convés.
O meu peito aproado de ilusões
Mar meu confidente diz-me onde guardas tu tantas histórias
de Camões!
Testemunhos épicos, carregados de lendas e mitos
Lágrimas cristalizadas pelo tempo, de amores e desamores,
desfiados nesses escritos.
Memórias seculares de alegrias e sofrimentos
Foste a estrada sem passaporte para os nossos
descobrimentos.
Mar lobo e cordeiro
Solta as amarras, de um amor louco e aventureiro.
Repouso o meu olhar a perder de vista nessa tua imensidão
Ó mar imponente, traz a bonança ao meu coração!
DIOGO_MAR