Aqui estou, rendido e agastado, a contemplar a tua beleza, emoldurada
num caixilho que é o meu sofrimento.
Ausência tenebrosa, gélida e cruel, faca afiada pela trajetória
do tempo.
Sim, és tu!
Ecoa o meu Grito lancinante no silêncio dos dias, que asfixia
o meu eu, empoeirado num álbum de recordações e memórias.
Derramo palavras vestidas de desespero, que resvalam pela
tua indiferença atroz.
Recorto com o meu mortiço olhar, a geografia do teu corpo tateado
pelos meus dedos, agora, numa fotografia, esbatida e gasta pela erosão dos anos.
Salpico de lágrimas angustiadas, a laje deste meu calvário, de
solidão.
Inerte, olhas-me, faminta pelos momentos partilhados na mais
que perfeita cumplicidade, dos nossos corpos alagados, num oceano de amor.
Lembras-te?
Esta saudade acorrenta as minhas forças, e coloca um garrote
as palavras, que já não consigo soletrar.
Vivo, ou sobrevivo?
Sento-me à soleira do tempo, rebuscando no horizonte uma referência
impulsionadora, que me transporte ao teu encontro.
Mas tu já não existes, sepultaste a minha felicidade, na
terra fria da ausência.
Hoje num aterrador monólogo, exorcizo-me à conquista do
inatingível.
Sobra-me uma mão cheia de nada, é o que resta, despojos de
recordações outrora doces, agora com o trago amargo do vazio.
Tornaste-te um insustentável encanto desencantado, cravado
no meu peito.
À, quantas vezes te disse, que o sonho era o alimento para a
alma!
Mas se isso fez sentido ao teu lado, agora eles
petrificaram, essa mesma alma que via na tua a sósia total e absoluta.
Se pelo menos me dissesses olá!
Nem que balbuciasses, com a tua voz terna e melodiosa, a
palavra amor!
Eu diria sim a vida!!!
DIOGO_MAR
Boa tarde
ResponderEliminarSem Dúvida, estou maravilhada com o teu poema, parabéns.
Beijo
http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/
Obrigado pelas suas palavras AMIGA Cidália!
EliminarJINHO
Bela definição do amor.Por vezes solidão quase que sepulcral,temperada de saudades. Faz-me lembrar muito de um poeta brasileiro (Alvares de Azevedo) que descrevia sua amada com tamanho apreço que era tidas como virginais.. Faz com que nó mulheres sejamos a musa de inspiração. Belíssimo poema.
ResponderEliminarObrigado Andreia, são pinturas escritas onde uso as palavras como pinceis!!!
EliminarJINHO
E com tamanha perfeição...És um pensador e não esperaria menos de ti.
EliminarObrigado por tão belas palavras.
EliminarJINHO Andreia!
Tudo o que escreves é poderoso!
ResponderEliminar"Sento-me à soleira do tempo..." que bonito!
xx
Olá AMIGA Laura, procuro beber a mais refinada água da fonte da minha inspiração!
EliminarObrigado pela visita!
JINHO
Lindíssimo poema!
ResponderEliminarA ausência, a saudade que fica,nos deixa triste.
É como você descreveu;As vezes um simples olá significa muito...
Parabéns lindas palavra.
Bom dia.
Olá Né, Saudade, ausência, cicatrizes que o tempo dificilmente apaga!
EliminarMas de facto, por vezes chegava um olá!!!
JINHO
Oi Diogo
ResponderEliminarLindo poema metafórico de uma beleza extasiante.
Obrigada pelo carinho
Beijos no coração
Lua Singular
Dorli, obrigado pela tua simpatia!!!
EliminarJINHOS
Gostei :)
ResponderEliminarVoltarei mais vezes
Abraço amigo
Olá, boas Francisco, sejas bem vindo!
EliminarObrigado!
ABRAÇAÇO
Gosto muito da tua escrita... :)
ResponderEliminarabraço
Obrigado AMIGO Daniel!
EliminarABRAÇAÇO
gostei da escrita e do teu conceito de "pintura escrita" :) é arte sem dúvida :)
ResponderEliminarOlá Sérgio, é bom ver-te por cá.
EliminarObrigado pelas tuas palavras!
ABRAÇAÇO
Sim, é o amor que dá sentido à vida!
ResponderEliminar:)
Sem dúvida, é a grande força motriz, que nos impulsiona, para um namoro pegado com a vida!!!
EliminarABRAÇAÇO