Perco-me por aí, em abraços vazios, em palavras despidas.
Um turbilhão de sentimentos áridos de desejo.
Arrasto-me na torrente lamacenta, da luz das trevas.
Desfio os cabelos esbranquiçados do tempo.
Dedilho as gotas da chuva numa melodia efémera e sem brilho,
em notas desafinadas pelos desencantos.
As minhas ânsias levitam pelo firmamento, num silêncio
vestido de breu.
Vou ponteando as palavras, tentando remendar os escombros em
que tudo a minha volta se tornou.
Eu aqui, embriagado por uma sofreguidão de sonhos alados,
parto à conquista de uns olhos remoçados, que despontem dentro de mim, a flor
da vida.
DIOGO_MAR
Uma vida rápida e tantas rápidas confusões.
ResponderEliminarAbracemos os sentimentos, não nos deixemos cair no vazio.
Magnífico pensamento. Por vezes também estou tão vestido de nada quanto o silêncio.
Um abraço.
Um magnifico texto, Diogo!
ResponderEliminarA vida tem mesmo as suas fases de desencanto... até encontrarmos, algo ou alguém, que nos faça relativizar tudo... e começar a voltar a ver as coisas, com uma perspectiva... de esperança remoçada...
Deixando por aqui os meus votos de um Bom Natal, na companhia dos seus, Diogo!...
Que seja um Natal pleno de afectos, saúde e paz!
Abraço
Ana