Já não tenho memória de tão grande foguetório, neste País
romanticamente a beira-mar-plantado a quem deram o nome de Portugal.
Um povo de brandos costumes, e sempre mais preocupado com o supérfluo
em detrimento do essencial.
Um povo, que se alheia das decisões do seu próprio destino,
dando dessa forma carta-branca a corrupção que se passeia alarvemente porque
até sabem que os processos que envolvem grandes tubarões estão condenados ao arquivamento
ou a prescreverem, passando a imagem de impunidade da justiça deste País.
Um Povo que tem sido vilipendiado, e mesmo assim tem
resistido heroicamente.
Um povo ferido na sua essência, que infelizmente ao longo
das gerações, tem vindo a perder muito da sua determinação e bravura,
quedando-se pelo conformismo e resignação.
Um povo fragilizado, que se deixa facilmente usar e
manipular em abono de figurões, que andam famintos por assumirem o papel de
cabeças de cartaz, vestindo a pele de salvadores da Pátria.
Greves mais greves, direitos mais direitos dos
trabalhadores, só nunca ouvi foi falar dos deveres dos mesmos.
Sim, porque os que revindicam direitos também devem cumprir
com as suas obrigações e responsabilidades.
O desnorte que se vive é obsceno e perigoso, e penaliza o
mesmo povo, por quem estes personagens gritam.
Os sindicatos, apregoam aos sete ventos, o nome dos trabalhadores,
e os direitos, dando ênfase a um protagonismo bacoco e jacobino.
Será que a promiscuidade política que move estes pirómanos,
esgotou o bom senso e a razoabilidade?
Meus senhores, tenham vergonha, e optem por serem agentes de
moderação e concórdia, em vez de instigarem a este alarido social que estão a
provocar e onde todos saímos prejudicados.
DIOGO_MAR
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