Enlaça-me e desenlaça-me numa corrente de incertezas, que sustentas sem nunca saber qual é a casa da partida ou ponto de retorno.
Desembrulho os dias fugidios em interrogações voláteis e salobros.
A metade é tudo, e tudo não faz uma metade de vontades que flutuam nas asas do vento agreste vestido de tantas incógnitas.
Ó! Tanto por dizer, e outro tanto por ser dito!
Dias revoltos a escaparem-me por entre os dedos feitos areia fina.
Reconforto o meu coração desassossegado, ao beber a cumplicidade da tua vontade, que é plural.
Fundimos o nosso olhar, enlaçamos os dedos e saciamos a nossa sede na fonte das nossas bocas.
Porquê adiar o inadiável!
A felicidade não tem limites e muito menos algemas de mentes bafientas de bolor preconceituoso.
O nosso mundo corre aqui, nós marcamos a sua cadência.
Lá fora, vegeta a vida frenética desgarrada e hipócrita, a transpirar de medos e dúvidas que asfixiam a felicidade.
Enquanto isso paulatinamente, folheamos o libro das nossas memórias reescrevendo páginas outrora inacabadas.
Encerra em nós a única certeza do nosso norte, contrastando com um mundo inquisitório para com os passageiros artificiais que por ele deambulam sem identidade e desnorte.
DIOGO_MARR
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