Embalo os dias vazios, num olhar melancólico, vestido de
abandono a percorrer o teu retrato, emoldurado pela mão carrasca e impiedosa da
saudade.
Ó, tempo longínquo a perder de idade.
Peito desventrado, pela força implacável e incandescente da
ausência.
Lagrimas derramadas num chão de sofrimento.
Coração peregrino a pulsar evocando esse momento.
Fogueira de gelo, petrificada pela cristalização dos dias
Arranco ao peito o grito exuberante, mas amordaçado do beijo
que me pedias.
Recorto as palavras com o bisturi da paixão
Naufrago na terra do desencanto, prostrado por sobre a laje
da solidão.
Dispo-te, no olhar fecundado de um amor que partiu
Correnteza da amargura asfixiante, das margens do desespero que
me pariu.
És a luz das trevas que ilumina o meu ser
És a mágica noite de êxtase infinita, sem amanhecer.
Não,
Não corras mais meu coração louco
Não podes agarrar a vida já passada
Deambulo feito pássaro perdido, escabeceando nesta vida de
langor e desabrigada.
O meu peito, explode em fogo de napalm
Jorrado na lama do sofrimento sangram as cicatrizes da alma
Por favor enlaça-me na tua âncora de abrigo, no teu abraço
de mundo
Imploro-te!
Vem!
Sacia-me a fome!
DIOGO_MAR
Está fantástico!
ResponderEliminarBeijinhos*
O texto está fantástico, Diogo!
ResponderEliminarHá silêncios, que se fazem mesmo sentir e ouvir na alma, da mesma forma que haverá muitas palavras, que por mais que sejam ditas e repetidas, não nos dizem rigorosamente nada...
Excelente trabalho!
Um abraço
Ana
Venho agradecer e retribuir os votos de ano feliz.
ResponderEliminarQue 2015 permita a realização de muitos sonhos.
Um abraço
MIGUEL / DEUSA
r: Muito, muito obrigada!
ResponderEliminarNão levo nada a mal :)
Por mais que o medo não desapareça na totalidade (o que até acho que é bom), não podemos deixar que nos impeça de sair da nossa zona de conforto e de lutarmos pelo que queremos.
Vou lá passar (:
Eles merecem todas aquelas palavras por fazerem algo com tanta qualidade.
Isso é muito bom!
Obrigada pelo conselho, de coração. Desde que tenho blog não me posso queixar, visto que nunca recebi comentários desse género. Quando isso acontecer voltam pelo caminho que vieram.
Cuidado ao fechar as gavetas :p
Beijinhos*
Quanto sentimento!
ResponderEliminarUm texto muito bom.
Beijo
Talvez um grito no silêncio do ruído do dia a dia, não um grito de silêncio.
ResponderEliminarUm grito que cai nas profundezas de quem o lê.
Muito bom, Diogo!
xx
Muito, muito bom!
ResponderEliminar"Saciou-me a fome literária..."
ResponderEliminar:) :)