Percorro o caminho que serpenteia o teu corpo.
Abraço o inatingível, com a ânsia de viver, com a fome de te
desejar.
Estou sedento, sinto-me morto.
Esmagas o meu desejo, numa indiferença atroz,
Embargas a minha vida
Silencias a minha voz.
É na gélida soleira do tempo, onde pouso a cabeça de um
corpo inerte que jaz sobre a terra
Lanço um grito lancinante, de uma alma em busca de paz e a
quem tu brindas com guerra.
Altivez cruel cega e raivosa
Entapetaste o caminho de espinhos, desta mão que te
oferendou uma rosa.
Cama de chão, lençóis feitos de vento
Travesseiro de solidão
Confidente do murmúrio deste meu lamento.
Rosto lavado em lágrimas
De uma ausência crucificadora
Sonho desalentado
Na penumbra demolidora.
As tuas memórias, despertam em mim a primavera
Deste inverno taciturno
Dá guarida, ao meu amor mendigo, no teu paraíso de mundo.
Restitui-me a luz do dia
Nesta alegoria de desespero
A razão da minha existência
Tornou-se num pesadelo.
DIOGO_MAR
Há memórias que nunca nos abandonam.
ResponderEliminarEstá fantástico!
Poema muito belo, do sofrido construído.
ResponderEliminarBoa estrutura metafórica...
Bjo, Diogo
Realmente, as relações humanas, nos tempos que correm, são tão volúveis, que percorrem a escala dum extremo ao outro, do tudo ao nada, por vezes num tempo record, e duma forma inexplicada.
ResponderEliminarO texto... brilhante como sempre, Diogo!
Como o post anterior é um pouco extenso, virei lê-lo, com mais calma, no fim de semana.
Abraço
Ana
r: Olá :)
ResponderEliminarO silêncio é precioso e devemos varolizá-lo.
Beijinhos*
mágoa e desalento.
ResponderEliminarum estado de alma latente!
um poema embora muito sofrido, mas bem construído.
:)