sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

SILHUETA DE AMOR



Aqui estou por sobre a Lage fria e cruel da vida, expelindo um Grito lancinante de fúria cega à conquista do teu céu.

Decepo a minha alma, no arrojo de te possuir.

Ó relâmpago de amor, que rasgas o horizonte.

És a semente que fertiliza a terra, num germinar cioso de te almejar, elevando o trofeu, dividido pelos nossos corpos.

Derramo o escarlate fogo da paixão, num altar bordado pelo prazer.

És o farol abençoado deste meu percurso vestido de breu, sem rumo, sem norte.

Mostra-me os teus pontos cardiais, onde juntos coabitam as mesmas cumplicidades.

Ensina-me a viver na abundância do teu amor.

Lábios de fogo, olhos de desejo, corpo oceano onde navego, as minhas vontades náufragas de te aportar.

Quero ser o teu marinheiro, de um amor cálido e sereno, que das razão ao meu ser.

Deixo-me desfalecer, nas frondosas e ávidas carências, da magia das nossas vontades explícitas, de um momento que transborda o universo.

A força cósmica que nos une, franqueia o enlace ao templo do nosso amor.

Quero-te!

Desejo-te!

Anseio-te!

Suplico-te:

Jamais me abandones neste pântano lamacento, onde nem a flor de lotos germina.

 

 

DIOGO_MAR

1 comentário:

  1. Pois gostei imenso, desta silhueta de amor... sob a forma de declaração de amor...
    Um texto intenso, emocionante, e arrebatador... como têm de ser todas as declarações de amor...
    Bom tê-lo de volta, Diogo! Esperando que esteja tudo bem por aí...
    Um resto de boa semana! Beijinho!
    Ana

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