Perdidos nas maquiavélicas e frondosas avenidas do egoísmo.
Ignoramos em absoluto as humildes praças do altruísmo.
Alinhavamos os dias suspensos pelo preconceito.
Debruamos com linhas podres de gáudio a bainha do nosso
peito.
Vagueamos moribundos pelas vielas clandestinas da
desumanidade.
Submergimos nos becos lamacentos da cidade.
Veneramos à hipocrisia.
Garroteamos o nosso ego, assassinamos a nossa alegria.
Jazem os valores da humanidade.
Somos prisioneiros da nossa enfermidade!
Profetas das trevas que deambulam pelas escarpas do
desespero.
Sobra-nos a sargeta, leito onde fossiliza o nosso desencanto
cadavérico e austero.
Silhueta de uma assombração, que paira por sobre a nossa
vivência
Nós aqui esmagados, perdemos a identidade da nossa essência!
DIOGO_MAR
Gosto de te ler e tenho pena do tempo que me falta...
ResponderEliminarAndei por aqui; deixo-te uma apreciação global.
Deambulas pelas palavras exatas para externalizar o desencanto que o eu poético (que pode ser também o teu eu pessoal) sente perante este mundo que, apesar de tanta conexão, caminha só...
Partilho deste sentir mas já escrevi mais sobre este estado do que agora. Cheguei a sentir-me algo deprimida. Tento concentrar-me nos aspetos positivos...
BJO, Diogo
Adorei o poema, Diogo!
ResponderEliminarPraticamente uma confissão... da forma como sentimos o mundo... ainda que nem sempre o verbalizemos...
E como errantes que somos... erremos cada vez melhor... até acertar um pouco mais... este nosso mundo... e o dos outros...
Abraço! Tudo de bom!
Ana
Poema sentido e forte.Não desistas de seja lá o que for.
ResponderEliminarDesejo que esteja bem e recebe um abraço apertado dessa tua amiga do lado de cá.