Folheio dias morrentes de histórias inacabadas a latejar num
peito vilipendiado pela amargura.
São episódios onde destila saudade, para a qual olho de
soslaio pelas ameias deste legado martírio.
Peito esventrado, por estrofes épicas oxidadas de um lírico
trovador desencantado.
Raios de pesadelo este, vejo arder as páginas deste meu
diário de bordo, sobrando a fuligem, para sarrabiscar com mão trémula a mortiça
e cruel palavra passado.
Rendo-me aos Penosos caminhos, que serpenteiam a fonte estéril
do meu ser.
Agora, saboreio o ópio corrosivo do desprezo, engajado com a
injustiça.
Ferido por essa indocilidade pestilenta, vejo o quanto fui
imbecil, ao acreditar numa doutrina onde cabia um código de honra.
Questionado pelo tempo, assalta-me uma inquietude que ouso
desafiar, no gume de uma lâmina chamada indiferença cega e raivosa.
Escuso-me a desembrulhar mais capítulos que segregam a minha
alma, esconjuro esses momentos exorcizados pela travessia da sacralização ou do
endemoninhamento.
Do alto da minha humilde bonomia, outorgo a singeleza da
minha mais pura e devota essência.
Aqui me tens...
DIOGO_MAR
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