sábado, 7 de abril de 2018

DECADÊNCIA


 
A timidez das tuas palavras e atitudes, amordaçam à vontade vorás de imanares a tua essência.

Vegetas sob o jugo de uma sociedade formatada e inquisitória, que ignora a tua felicidade.

Não se compadece com o teu ego, tu és mais um.

Mais um, que deambula num labirinto, onde por muito que procure, não encontra o desidrato que tanto almeja, encontrar o fio condutor, que te restitua a alegria de seres tu mesmo.

A artificialidade dos novos tempos, agregada a um egocentrismo podre, torna os dias cinzentos, com o pairar de uma névoa, que te impede de seres e veres mais além reencontrando-te.

Soltas um grito de revolta no teu interior, já que se alguém o ouvisse, não o iria compreender, eras anormal, eras um desalinhado da sociedade, e dos padrões que ela te impõe.

Resignaste-te a jogar com os dados viciados, mas são os possíveis, mentindo e enganando-te, adulterando o que de melhor encerras.

Vives asfixiado por um clima de paz-armada, que te vai corroendo, até chegares ao teu limite de frustração pessoal, e com repercussões, no desempenho académico, profissional e familiar.

As relações interpessoais, revelam-se um fracasso, a frieza e o autoritarismo adotado, são uma carapaça de defesa na qual te escondes.

Desta forma obrigam-te a submergir o melhor de ti, dando lugar a um inconformismo conformado.

 

DIOGO_MAR

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