Jogado as sortes, de uma indefinição impiedosa, onde
calcorreio trilhos entapetados de interrogações.
Deambulo por escarpas dolentes de saudade que perco de vista
num horizonte envolto numa cortina de bruma enigmática.
Sou um passageiro do tempo fugidio que luta desenfreadamente
para agarrar a vida.
Os pés, pregam-se ao chão, negando a transportar o corpo
faminto de vontades inadiáveis.
O coração fervilha de ânsia.
Revejo-me no pranto da chuva, mais ao vento vadio, mensageiro
de notícias longínquas que não consigo decifrar.
Balbucio impropérios desconexos, heresias raivosas de inquietude
e revolta.
Evoco momentos idos, memórias de um passado que gostava de
transportar para o presente.
Sou assaltado por uma insatisfação, de tanto por fazer,
contra uma vontade sagaz de crer fazer tudo.
Mas esse tudo é tanto, quando o tanto se reduz a nada.
DIOGO_MAR
Sem palavras *.*
ResponderEliminarTenho andado desaparecida deste cantinho, mas fico sempre maravilhada com as palavras que encontro quando volto