O engano faz-se verdade, nas linhas sinuosas e ziguezagueantes
que escrevo.
O meu peito escarpado no desejo de um grito lancinante de emancipação,
na noite onde estendo o lençol do tempo, escarnando os sentimentos num orgasmo
imaculado.
As minhas palavras são pedras rudes e frias, que dilaceram
um coração moribundo, em busca do puro-sangue da verdade.
Os meus ombros vergam-se, ao peso do mundo leviano e
acusatório.
A razão esvai-se, nas asas do vento fugidio.
Eu aqui fico, ancorado neste porto longínquo, em busca do
norte.
Arrebato ao coração sepulcrais vontades assassinadas ao
desejo.
Venero os gigantes do tempo, à luz do divino e do pagão.
A cicatriz sangra, tatuando a franja dos dias.
A mesma mão que masturba, é a mesma que escreve e atira a
pedra.
Não, não me chames de poeta.
Sou um qualquer, a saber de mim, no fundo de uma caverna, de
costas voltadas para a verdade da razão, em palavras retorcidas, confinadas a
uma ânsia asfixiante.
Espelho mentiroso.
Arco-íris de uma só cor.
Rio esmagado pelas margens.
O garrote do tempo, anuncia a chegada do carrasco, com mãos
de libertação.
Das trevas se faz luz!
Será isto, a resignação, racional?
Ou a covardia irracional?
DIOGO_MAR
Bom dia Diogo_mar
ResponderEliminarParabéns pelo texto, é maravilhoso
Bom fim de semana.,
Beijo
http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/
Depois de ler, apetece-me dizer como quando começas: o mar também é teu...
ResponderEliminarum abraço grande
Cobardia seria isto não ter sido dito.
ResponderEliminarxx