Incondicionalmente sofro por ti.
Irrompem lágrimas rubras de paixão, pelas ameias da nossa
loucura.
Desabotoo a volúpia insaciável por mais, ainda mais,
fundindo os nossos corpos no molde do amor mais que perfeito.
Enlaço-me no teu corpo, faminto de prazer.
Desnudo os preconceitos e desvaneios, crucificadores.
Jorro de amor nas vielas da paixão, desaguando na
Encruzilhada do lívido desejo de te devorar.
Os pontos cardiais do nosso amor, convergem-nos ao mapa do
nosso quarto.
Acorrentados ao prazer, ébrios de paixão, onde os adjetivos,
esgotam o dicionário do éden.
O nosso mundo, estava confinado a 20 metros quadrados,
delimitados por uma porta, 4 paredes e uma janela.
No ar pairava a essência do teu perfume provocador e
irresistível.
Lá fora o tempo corria de forma frenética fria e impessoal.
O vento entoava sons mundanos, pelas frinchas da janela.
Ficamos indiferentes à cadência do tique taque do relógio,
que fazia contrapasso com o galopar de um cavalo tresloucado de sio no peito,
saciando a sua cede no caudal do nosso amor perene.
Vivias permanentemente, com
o pavor, que o primeiro beijo, trouxesse consigo agarrado o espetro de um
último.
Eramos peregrinos no
templo do pecado consentido, saboreando o mel sensual, onde submergiam os
nossos corpos.
Aqui não há culpa, nem culpado.
Não há vitorioso nem derrotado.
Há a mais pura reciprocidade, num desempenho de predadores
racionais exorcizados pelo amor voraz.
Há um cocktail de ejaculações, num brinde ao amor omnisciente.
Somos náufragos, deleitados num verdadeiro oceano de prazer,
presos ao cordel dos deuses, Fecundando um amor de marés e monções, na noite
silente a gravitar ventos de outono, num mar de calmaria.
DIOGO_MAR
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