Esvaem-se do meu peito, palavras aladas a perderem-se, neste
céu de anil vestido.
O horizonte, afaga um mar ludibriante, de raiva e
docilidade.
As minhas palavras, são aniquiladas pelas trevas do
desespero, emolduradas pelo silêncio a percorrer esta imensidão, retalhada pela
cálida e melancólica ânsia, de voar nas asas do vento cioso de desejo.
Agora, sou uma amálgama, fecundada num emaranhado de vontades
órfãs, a desdobrar os dias, sem encontrar o norte.
Aqui fico imóvel, contemplando o convés de sonhos náufragos,
encalhados na bruma da ilusão, desabrochada numa epopeia vestida de tirania, de
mãos implacáveis, que trespassam um peito despojado, brotando um tenebroso silêncio
de ausência.
DIOGO_MAR
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