Os meus passos, perdem-se na imensidão das palavras, que me
transportam até ti.
Onde estás?
Deixo que seja a cadência dos dias a esculpir na pedra bruta
do tempo o amor, que cinzelado, lhe empresta, uma geometria de candura inigualável.
É nesta alma forjada na fogueira do amor incandescente, que
lavram no meu peito lavaredas demolidoras de ansiedade.
Crepitam lágrimas de uma paixão voraz.
Tenho medo!
O seleiro do amor inusitado que por ti sinto, não se pode
esvaziar.
Ó corpo de siara, olhos de amoras, cabelos de urze.
Quero ser o teu sabiá o maestro da orquestra, que inunda os
teus ouvidos com serenatas ébrias de mel.
Faço um pacto com o vento, que detenha a cadência do relógio
do campanário.
O amor não tem hora, nem pressa.
O amor Sou eu, és tu, somos nós!
DIOGO_MAR
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