Trago-vos mais um excelente post deste jovem promissor e meu
amigo, aquém abri uma janela de oportunidade.
Atentem!
Há quem diga, que quando ouvimos o vento a passar na Estrada
Antiga, e com ele aquele marulhar tao longe do mar, que estamos a ouvir o fôlego
dos homens e dos cavalos que por la passaram, misturados com o soluçar abafado
das crianças que com eles viajavam, para onde iam, ninguém sabia, mas viam a
caravana passar uma e outra vez, todos os anos, numa sexta-feira 13.
E todos os anos voltavam pela mesma estrada, homens
envergando a cruz do Senhor no peito, transpirando alívio de dever cumprido.
E o vento trazia-lhes memórias de quando eram jovens e
tinham percorrido aquela Estrada, que estava mais Antiga, homens que findos os
seus deveres para com o mundo, retornavam agora a casa.
Um dia seriam os seus filhos, sempre foi assim e sempre o
será.
E a chuva caía e com ela as lágrimas dos homens que
voltavam, que foram crianças, que tinham partido...
Se passares pela Estrada Antiga, presta atenção::
Entre o som de gotas de chuva, ouvirás as lágrimas dos
homens e das crianças que por ali passaram e, no meio dos trovões, distinguirás
o trote dos cavalos que os transportavam.
Mas inspira fundo, e sentirás o ar salgado.
Salgado do choro dos que por lá passaram!
Cláudio Macieira
Não sei se gostava de passar por essa estrada
ResponderEliminarSeja por esta ou outra estrada, passaram tantas almas...E quantas sofridas!
ResponderEliminarBelo texto! Obg pela partilha.
Bjo, Diogo :)