Divago ao acaso sem norte nas asas da insatisfação, fossilizada
nos dias, onde a noite é eterna.
Quero o que não quero!
O meu peito é uma casa cadavérica onde só restam paredes
carcomidas pela erosão do tempo, déspota e implacável.
Esta insatisfação, embriaga uma louca mas sadia vontade de
me encontrar, nas avenidas frondosas da realização.
A noite, ofusca um sol cumplicie da timidez.
Os dados estão viciados no tabuleiro de uma vida de langor.
Qual o certo, qual o errado?
O meu traçado, vestiu-se de farrapos manchados pelo sangue da
saudade.
Os pássaros, escabeceiam num bailado ao sabor da orquestra
do desalento.
O seu chilrear, são como alfinetes de alegria a cravejar num
peito de dor e pranto de vontades adiadas.
O presente assassinou o futuro, o passado ficou órfão de
realizações vazias.
A esperança, deu lugar à resignação.
Não sei de mim!
DIOGO_MAR
Sem comentários:
Enviar um comentário