quarta-feira, 14 de outubro de 2015

TÃO LONGE TÃO PERTO



Voei nas asas do vento, entregue a minha sorte

A luz resplandecente da tua candura, nunca me fez perder o norte.

 

Bati à tua janela, tímido e envergonhado

Flamejava no meu peito a esperança de ser o teu amado.

 

De par em par, franqueaste as portadas para me receber

A fome do meu amor

Era a sede do teu viver.

 

Fundeei no teu corpo, com uma ânsia sem limite

Mata-me o desejo

Por ti morro de apetite!

 

Nas linhas da minha cartilha, sou bonançoso ou agreste,

Virtuoso ou errante

A minha sofreguidão, reclama-te de corpo inteiro num grito latejante.

 

Bordamos os dias, sob os arpejos de uma inigualável melodia

Numa matriz impregnada de cumplicidade e mestria.

 

Beijei a tua boca, com toda a sofreguidão

Quero ser o teu náufrago

Ancorados neste oceano de paixão.

 

DIOGO_MAR

1 comentário:

  1. Fantástico texto, Diogo!
    Com a dose certa de intensidade, arrebatamento e paixão!
    Gostei imenso! Parabéns!
    Abraço
    Ana

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