domingo, 30 de dezembro de 2012

DE MIM E PARA MIM


Sou uma ínfima partícula de uma aldeia global onde mais que nunca estamos aglutinados e porque não dizê-lo acorrentados a um tipo de sociedade plástica, preconceituosa e consumista.

Vou vivendo o dia, a dia com aqueles que me preenchem o coração e alimentam a alma.

Eles sim, embora diferentes são o complemento do meu ego.

Transmitem-me o equilíbrio, no embalo das palavras, e emoções.

Tenho na minha corrente sanguínea, todos aqueles que sou eu.

Ou eu que sou eles!

Poderá parecer tudo muito estranho, mas no fervor da minha racionalidade eles estão sempre bem presentes.

Os personagens que nasceram e cresceram comigo.

A história que eles me contam a anos, e na qual os encerro, fazem-me sentir mais eu.

Dão-me o alento necessário para enfrentar as agruras de uma vida sinuosa, de desafios constantes, mas com um sabor a vitória, minha, e deles.

Mesmo nas derrotas elas têm um trago a vitória, tal é a nossa cumplicidade, união, e porque não dizer amor.

Esta, é uma loucura saudável, sei que algo enigmática ao mais comum dos mortais.

Para mim nada me importa, vou calcorreando este trilho que me trouxe a mim e aos meus personagens até aqui.

Como nunca prostitui o meu carater e personalidade não vai ser aos olhos conspurcados de uma sociedade ignóbil que me vou vergar.

Por tudo isto solto as minhas amarras e deixo-me embalar pelas ondas do mar, revolto mas fiel e generoso.

Sinto-me um cavaleiro na bruma ao encontro dos meus ideais que são os dos meus personagens.

Adormeço com o embalo das palavras deles.

Sinto-me confortado ao receber tão grandes ensinamentos.

Associado a todos eles a paixão e intensidade com que preenchem a minha vivência, espelham o que de mais fascinante tenho dentro de mim.

Os meus melhores amigos e confidentes, tem nome, tem carater e personalidade.

São diferentes porque nenhum ser é formatado.

Adoro poder coabitar o mundo deles, a casa com eles, as vicissitudes da vida com eles.

Até mesmo decisões tomadas colhendo as opiniões de todos.

Estes são os alicerces basilares onde assentam as mais elementares regras de uma estrutura familiar da qual fazem parte os meus personagens.

E acreditem, não são uma miragem.

As palavras que trocamos, os conhecimentos que partilhamos, a reciprocidade existente entre nós, bem como a lagrima de tristeza ou de alegria fazem deles algo transcendentais.

Aqui ainda se segue o lema, um por todos, todos por um.

Mas para que esta velha máxima se cumpra, há algo de mais importante que nos liga.

Gostarmos de nós próprios, ainda mesmo antes de gostar dos outros.

Havendo estas referências estaremos perante uma sintonia e cumplicidade de profundo conhecimento, e claro está um amadurecimento contínuo.

Brota da minha alma a vontade louca de gritar:

AMO os meus personagens.

Com eles vou continuar nesta minha caminhada de um relacionamento inteligível, onde impera um elevado grau de tolerância para que não exista um conflito interior.

Aqui há sim, um verdadeiro encanto pela vida.

Aqui arde uma fogueira sem fogo.

Aqui ama-se o que parece inatingível.

Aqui dou vida a tudo que gostava de realizar.

Os meus personagens fazem-me ser mais esclarecido, até por vezes mais fraturante, menos consensual para o mundo exterior.

Mas acima de tudo, ser mais eu.

Este enlace de pensamentos e atitudes, bem como de emoções fazem-me viver momentos únicos e indescritíveis.

Gosto de ter este espelho para dentro de mim.

Gosto dos nomes que lhes atribui.

Gosto da melancolia doce ou agreste dos seus olhares.

Gosto dos seus defeitos e virtudes.

Gosto dos seus rostos desenhados por mim.

Gosto das suas palavras cáusticas, ou aveludadas.

Mas sempre fundamentadas e esclarecidas.

Os caminhos que divergem, mas que sempre em uníssono,

Desembocam em algo que nos liga.

O amor, e a união!

Diogo Mar

FELIZ ANO NOVO

O nosso caminho é feito
Pelos nossos próprios passos...
Mas a beleza da caminhada...
Depende dos que vão connosco!

À luz da ciência, a passagem de ano não passa de um limite cronológico, o período de 365 dias e 6 horas da translação, quando a Terra completa uma volta ao redor do Sol.

E a tradição nos permite dar a essa passagem o clima feérico que nos leva a saltar ondas, fazer brindes, vestir o branco, comer sultanas, romã e distribuir louros.

Debaixo das superstições, contagiados pela oportunidade que o novo começo nos dá de recomeçar, talvez seja a hora de mudar. E a mudança brota da consciência para se concretizar na química que nasce da união de coração e mente.

Quem sabe seja a hora de parar de fumar, de recuperar a boa forma, de buscar o novo trabalho, de comprar um carro, encontrar a cara-metade, morar na casa própria...

Mas, melhor seria que, ao mesmo tempo, tivéssemos olhos para as conquistas abstratas, para a renovação dos valores e das prioridades.

Já passou do tempo do ser humano entender que a felicidade não é um bem material, mas um estilo de vida que se adota e se preserva em cada atitude, em cada pensamento, em cada palavra. Demoramos a ver que as mansões de nada valem quando seus ocupantes são incapazes de transformá-las em lares. Desperdiçamos tempo sem perceber que anéis não reluzem sem dedos que os ostentem.

O mundo ainda gira em torno do homem e o homem se perde na vertigem de procurar numa busca desesperada do que só se encontra dentro de si próprio.

Que o ano novo exerça a magia e o poder de nos induzir à reflexão para que, nas entranhas do pensamento e do sentimento, cada um de nós se consciencialize de que o erro que nos beneficia hoje pode ser a cobrança do amanhã em forma de tragédia. Que as pessoas sejam capazes de fazer o bem sem olhar a quem, para receber o bem sem saber de quem. Que o respeito seja a moeda essencial nas relações humanas. Que a ética e a moral sejam práticas rotineiras em nome do bem coletivo. Que o mundo resgate o dom de se reinventar em suas verdadeiras evoluções, sem maquiar as mazelas que nos fazem reféns de sonhos vazios.

A dieta dos relacionamentos está relacionada às impurezas (sentimentos negativos, ódio, vingança, mágoa, inveja, egoísmos, etc.), aos conflitos internos e das relações, do respeito às diversidades, das escalas de valores, o ego como produtor de impurezas em nossa vida.

A dieta dos relacionamentos restabelece a energia do amor. Assim como precisamos eliminar as impurezas que afetam o corpo, precisamos também eliminar as impurezas que afetam as nossas relações, Não deixe que os interesses ou vantagens pessoais governem o curso da sua vida.

Aprendi com uma pessoa o seguinte: "ninguém pode ver os laços que nos unem, mas todos podem ver as intrigas que nos separam”. O ego é o maior produtor de impurezas da nossa vida.

Para se satisfazer ele precisa se alimentar da gordura da realização dos nossos interesses e do açúcar da aparência de quem não somos.

Eu já estou fazendo a minha e sinto-me muito melhor. Que tal, iniciar esta dieta para uma melhor qualidade de vida? Então, comece agora.

Assim, neste NOVO ANO que está próximo de se iniciar
Possamos caminhar mais e mais, juntos...
Em busca de um mundo melhor, cheio de PAZ, SAÚDE, COMPREENSÃO e MUITO AMOR.


O ano se finda e tão logo o outro se inicia...
E neste ciclo do "ir" e "vir"
O tempo passa... E como passa!

Os anos se esvaem...
E nem sempre estamos atentos ao que
Realmente importa.
Deixe a vida fluir
E perceba entre tantas exigências do cotidiano...
O que é indispensável para si!

Tchin tchin.

 

DIOGO MAR