quinta-feira, 27 de junho de 2013

A TUA IMENSIDÃO



Pintei uma aguarela com as cores da natureza
Elas eram escassas para eu descrever a tua beleza.

 
Ó amor sem fim
Estavas naquela tela sorrindo para mim.

 
Retrato fiel de um olhar doce que ilumina o meu ser.
És a fonte mais cristalina a brotar em cada amanhecer.

 
Balbuceio palavras de ternura
Procuro mas não encontro no dicionário nenhuma que defina a tua candura.

 
A tua entrega, amor e dedicação
Sempre me fez sentir amparado pela tua mão.

 
Quantas vezes não sabia de mim
Tinha medo sentia-me perto do fim.

 
Preciso-te do meu lado, a indicares-me o caminho
Dessa forma tenho a certeza, que não vou sozinho.

 
Foi a tua coragem e perseverança
Que me restituiu a chama da esperança!

 

DIOGO_MAR

terça-feira, 25 de junho de 2013

NAS AZAS DO TEMPO



Preguiço a sombra dos dias
Sem pouco ou nada fazer
Deixo que a vida me transporte, nas azas doces do seu correr.

 
Nunca quis empurrar o mundo
Deixo que ele me empurre a mim
Afinal para que ei-de ter eu tanta pressa
De alcançar o fim.

 
Parei o relógio do tempo
Dessa correria desenfreada
Quero brindar aos dias
Uma esperança adiada!

 
Abraço os meus ideais
Numa ânsia sem limite
Por ti morro de desejo
Tu por mim de apetite!

 
Assim calcorreamos os becos, ruas e avenidas
Sem pressa de chegar
Gravamos na estrada do tempo os nossos paços marcados a par

 
Cadência de cumplicidade
No tique taque do momento
Percorro o trilho da vida a conquista desse momento.

 
Tudo não passa de uma perfeita incógnita
Desenhada no futuro
Solto preces ao vento
Tenho medo do escuro!

 
Das trevas se faz dia
Num sol que te inunda o rosto
Mata-me a mim de alegria
Antes que te mate eu de desgosto!

 

 DIOGO_MAR

 

sábado, 15 de junho de 2013

O MEU PALCO



No circo da vida
Ensaiei um número a minha medida.

 
Voei para os braços da razão
Fiz piruetas no trapézio da paixão.

 
Acalentei sonhos e alimentei a fantasia
Fintei a vida quando ela contra mim corria.

 
Vesti o fato de palhaço
Representei o papel de homem de aço.

 
Tão forte, e tão frágil
Perante as adversidades fiz-me ágil.

 
Estive no arame da vida
Fazendo malabarismo
Aprendi a dar valor ao verdadeiro altruísmo.

 
Domei as feras
Tornei-me forte, corri a abraçar as minhas quimeras.

 
Fiz rir e chorar a plateia
Afinal, tudo isto não passa, da vivência da minha epopeia!

 

DIOGO_MAR

SOLUÇANDO



Aos pés do mundo me deitei
Procurando o tudo que já amei

 
Amei o perto e o além
Hoje sinto-me pó cinza e ninguém.

 
Este ninguém que se perde neste verso
Que jaz nos braços do universo.

 
Universo ferido de morte
Tens o futuro anunciado as mãos da morte.

 
Morte clandestina e sem rosto
Trespassas o meu peito num lancinante golpe de desgosto.

 
Desgosto embriagado de loucura
Vestiste a minha vida com a cor da amargura.

 
Amargura que dizima o meu ser.
Chega, quero gritar!
Eu quero viver!

 

 DIOGO_MAR

terça-feira, 4 de junho de 2013

LIXO HUMANO



Sempre fui dado a princípios, que os meus Pais me incutiram.

Ainda hoje sigo e não abdico desse trilho, perdido e adulterado por muita gente, que de uma forma selvática violentam e a trucidam todos esses valores.

Não consigo entender, o galdi-o infame do ser humano que permite e alimenta essa conduta de vida.

Mas pergunto eu, isso é vida?

Não consigo conceber, a vida vivida num pântano lamacento, de mentira covardia e indiferença.

Abro a janela do tempo para dentro de mim, e coabito com aqueles que fazem parte da minha vivência de uma forma íntegra e vertical.

Presando pelos seus princípios de homem no sentido lato do que é efetivamente ser homem.

E devo dizer-vos, que já começa a rarear essa qualidade impar, de ser Homem.

Ainda lembro da frase que tantas vezes ouvia proferir.

A palavra vale mais que o dinheiro.

Hoje, já nada é assim, o dinheiro compra tudo, até mesmo como dizia a minha avó, as almas.

A fome desenfreada por atingir o sucesso seja lá a que preço for, quer numa carreira profissional quer no status social, fez o ser humano entrar em queda libre.

Tudo e todos se atropelam, cilindra-se o amigo para poder atingir os objetivos.

O exibicionismo pessoal, ostentando as marcas dá protagonismo.

A prostituição de carater e personalidade, e porque não dizê-lo física, eleva ao topo da carreira profissional e aos píncaros da fama.

Uma autêntica passerelle de verdadeiros jogos de interesses.

O que mais me preocupa, são os filhos nascidos destes Pais que nunca souberam educar, porque também eles apagaram os valores que lhes foram incutidos.

Tudo pela fatura do materialismo implacável.

Por tudo isto temos uma geração criada numa redoma de vidro, autenticas flores de estufa, regadas e alindadas para o mundo.

Pena é que seja para um mundo artificial onde pontifica a vaidade egocêntrica de um aparato podre.

Estes são os futuros homens e mulheres do amanhã, de um mundo egoísta onde já não cabem os valores.

De resto, já nem sabem o que isso é!

 

DIOGO_MAR