O título, até que lhe pode sugerir uma receita bem saborosa, mas infelizmente o apuro final é bem amargo.
Dizem que para nos realizarmos em toda a plenitude, devemos
cumprir estes três objetivos:
Ter um filho, Plantar uma árvore e escrever um livro.
Comum aos referidos objetivos, é vital: Responsabilidade, criatividade,
entrega e amor.
Infelizmente é nestes quatro itens que reside o fracasso
educacional dos novos tempos.
Novos tempos que são feitos por todos nós e que não nos podemos
desculpabilizar com esta frase feita.
Fico estarrecido com o acompanhamento que os progenitores
dão aos seus rebentos.
Sentido de responsabilidade zero!
Incutiram-lhes o direito pelos
seus direitos, ignorando a obrigação dos seus deveres.
Entrega as suas obrigações, pelas
quais devem ser responsabilizados volta a ser zero!
A criatividade, bem essa, fica-se
pela delapidação do património coletivo, mas que é coll vandalizar.
Por fim o amor, espelham um tipo
de amor egocêntrico, mostrando absoluta indiferença a todo o resto, a menos que
colham dividendos em proveito próprio.
Os Papás desta fornada, são maus ao quadrado!
Sei que não há padrões
educacionais estanques cada caso é um caso, mas de uma coisa tenho a certeza,
boas maneiras e responsabilidade são imprescindíveis e vitais à sólida
construção do individuo.
É premente que os progenitores entendam que é importante a
terapia ocupacional, mas mais importante é a construção intelectual de valores que
devem estar fortemente enraizados.
Hoje assistimos a um fenómeno doentio e distorcido da
realidade.
Os Pais sobrecarregam os filhos em todo o tipo de atividades
e mais algumas durante a semana e até fins-de-semana, numa corrida contra o
tempo, achando que dessa forma os preparam melhor para os desafios do futuro,
almejando o sucesso na competitividade profissional.
Precipitam as crianças e adolescentes, em adultos de forma
precoce.
As atividades extra são importantes, mas não devem ser
encaradas como obrigações.
Os Pais devem saber que se as crianças não forem sadias,
jamais serão adultos capazes de competir por coisa nenhuma, podem-se tornar em
adultos frustrados e inseguros.
Há que saber dosear e pautar os tempos libres das crianças,
evitando distúrbios psicológicos e estresse colmatando a grave lacuna do equilíbrio
dos tempos libres que deviam ser de convívio e troca de conhecimentos familiares.
Mas que infelizmente ninguém sabe de ninguém!
Mais que ter desenvoltura física
e muscular, torna-se vital a desenvoltura intelectual e psicológica.
Até mesmo nas pausas para as
refeições, não estão todos há mesa nem se desliga a televisão e telemóvel,
abstraindo-se do supérfluo, em prol do convívio familiar e uma boa conversa, de
retrospetiva do dia.
Deambula-se pela banalidade e
futilidade, flanqueando e mascarando a realidade.
Os Pais não educam os filhos, adotaram
outra postura, que foi comprá-los, proporcionando-lhes uma vida faustosa, de
mentira e engano.
Eles até que não se importam com
esse tipo de atitude, já que lhes implantaram a paixão cega pelo materialismo
por excelência, dessa forma veem juntar o útil ao agradável.
Os Papás, tardam em constatarem
que o modelo de educação que tem vindo a ser adotado nos últimos vinte e cinco anos
é um modelo falido de valores, que devem nortear o ser humano.
Programas escolares facilitados, tornando-se ridículos e medíocres.
Grau de exigência zero, até porque os números estatísticos é
que são importantes.
É o verdadeiro embuste do ensino, transitam de ano
praticamente todos!
Meios tecnológicos a distancia de um clique, tardando o mais
importante, o clique da inteligência, valores, cultura e conhecimento.
Têem tudo e não tem nada.
Olhando a nossa volta, contam-se pelos dedos os adolescentes
e jovens com postura vertical, de carácter e personalidade sólida.
Podemos concluir que todo o modelo educacional bem como o investimento
feito pelos progenitores nos seus filhos, não tem qualquer retorno, logo foram
e são milhares de euros lançados ao lixo.
Se estes jovens são apelidados
por precoces na utilização das novas tecnologias, logo também devem estarem
aptos para o desempenho das mais elementares tarefas domésticas, bem como serem
responsabilizados pelos seus atos e conduta no seu dia-a-dia, não podem haver
dois pesos e duas medidas.
O facilitismo a par da
desresponsabilização pariu uma geração materialista, influenciável e
egocentrista a coberto pelo culto do belo.
A puberdade deu lugar há pobre idade.
Se os alicerces basilares são podres como se pode exigir alguma coisa de alguém que nunca foi educado a ser responsabilizado pelos seus atos!
Se os alicerces basilares são podres como se pode exigir alguma coisa de alguém que nunca foi educado a ser responsabilizado pelos seus atos!
Depois os Papás choram baba e ranho, afogam-se em
antidepressivos, perante o quadro que pintaram e alimentaram.
Temos pena!
É o reinado do culto da artificialidade absoluta, de uma
geração do faz de conta, porque é vital manter o status quo.
Bom, dizem que os filhos são o espelho dos Pais, ora bem, se
assim é, então realmente constato que muitos Papás ficam muito mal na
fotografia.
Exibem os filhos perante os amigos e colegas erguendo-os como
um trofeu de exaltação do belo e da perfeição.
Mais tarde, quando essa pseudo-educação cai por terra e os
meninos e as meninas começam a fazerem merda, então o que antes era bandeira,
agora tenta-se esconder ao máximo, para que os outros não saibam que saltaram
fora do trilho.
Mas que raios de sociedade fingida e hipócrita assente em areias
movediças.
Envergonhem-se e não se lamentem de tão negros fúteis e
banais ventos que semeastes.
Estes pãezinhos de leite são
mesmo de muito má qualidade, porque os seus educadores são de casta
resplandecente, mas oca.
Assim se construiu e constrói, um
modelo de sociedade que alienou o melhor que o individuo deve ter:
Valores e educação
DIOGO_MAR