sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

APRESENTO-VOS O MEU ANO NOVO


 
Cabelos de sabedoria.

Olhos de bondade e esperança.

Boca de verdade e justiça.

Braços de união e alegria.

Mãos de carinho e solidariedade.

Tronco de amor e felicidade.

Passos persistentes e determinados.

 

Este é o meu ano novo!

 

Jamais haverá Ano Novo se continuarmos a cometer os erros dos anos velhos!

 

Que as realizações alcançadas este ano, sejam apenas sementes plantadas, que serão colhidas com maior sucesso no ano que chega

 

FELIZ 2017!!!

 

DIOGO_MAR

domingo, 25 de dezembro de 2016

DESPOJOS DE NATAL


 
Eis a aurora do dia de natal, os primeiros feixes de luz invadem as casas, deixando a descoberto um oceano de papeis coloridos e um amontoado de caixas vazias.

Travestiram uma noite que nada devia ter de materialismo.

Passaram essa deplorável herança as crianças.

Ignoraram por completo a verdadeira essência do NATAL e a cartilha pela qual esta data se devia nortear:

Solidariedade e partilha.

Isto não é NATAL!

É a loucura do consumismo exacerbado e vorás.

Compra-se como não houvesse amanhã.

Quanto mais dinheiro houver, mais se gasta.

O dia 25 foi eleito passerelle onde se exibem os presentes.

Quem tem mais?

Quem teve melhor?

Quem ofereceu mais?

Este é o retrato mais que fiel, da profunda e grave crise de valores, onde a sociedade está mergulhada.

Urge a necessidade de semear e fazer o verdadeiro NATAL e tudo que nele encerra:

Porque amanhã, pode já não haver NATAL.

 

DIOGO_MAR

terça-feira, 20 de dezembro de 2016

ANIVERSÁRIO


 
Dobro mais um ano sobre um dos meus dois blogs.

 

PALAVRAS DO MAR

27577

Também estiveste aqui?

OBRIGADO!

Este é o número de visitantes, que até hoje se deixaram embalar pela brisa das palavras, ou desfalecerem no embalo dos braços da bruma da cumplicidade.

 

Hoje completa o seu quinto aniversário.

Com palavras salgadas, outras doces, fruto da inquietude dos dias emoldurados por indefinições e convulsões, que nos deixa apreensivos, vou à soleira do tempo parindo sentimentos que coabitam o livro de mim.

Aquele que é pessoal e intransmissível.

Revolto ou bonançoso vou desferindo golpes de mar, infligindo duras e rudes marcas na orla do teu eu, provocando-te a uma introspeção.

Acorda!

Desfio uma escrita com o meu ADN, recusando-me a escrever para escaparates lamechentos com trago a novela de sequelas infindáveis, de efeitos nefastos, que embriagam a inteligência, engordando alarvemente a boçalidade.

Não vivo da escrita, nem a escrita vive de mim.

Sou um vagabundo que transporta no peito um mar de palavras.

A nossa cumplicidade perde-se na irreverência dos anais da minha história.

Exorcizo as palavras, emprestando-lhes vida e sentimento, para incorporares este oceano de emoções.

 

SIM:

PORQUE O MAR TAMBÉM É TEU

 

Ficam aqui os meus votos de Feliz Natal e um Próspero 2017

 

DIOGO_MAR

 

domingo, 11 de dezembro de 2016

ISTO NÃO É NATAL


 
Eis chegados ao Natal!

Eu disse Natal?

Ups! Desculpem-me.

Não, desenganem-se isto não tem rigorosamente nada a ver com o Natal.

Fizeram abusivamente desta época uma verdadeira montra de consumismo cego e desenfreado.

Não, isto não é Natal!

Compra-se o que se pode e o que não se pode, nada que os cartões de crédito mais as prestações não resolvam, depois logo se vê.

Não, isto não é Natal!

Afogam-se as crianças e os adolescentes num oceano de materialismo, porque lhes foi incutido o facilitismo em realizar os seus caprichos.

Eu quero, eu tenho.

Não, isto não é Natal!

Compra-se não porque se precisa, mas sim porque o vizinho, o colega ou o amigo também tem.

Logo urge a necessidade suprema em fazer ver que também tem igual, ou de preferência melhor.

Falam mais alto os complexos de inferioridade e de afronta.

Não, isto não é Natal!

É chique exibir novas roupas, carteiras e Calçado, quando logo após as festas se pode comprar com 50% de desconto, ou até mais.

Mas a gula da excentricidade, diz que é vital pavonearem-se perante os outros logo no dia de Natal.

Não, isto não é Natal!

Adquirem aparelhos de topo, dotados de tecnologia de ponta, quando nem metade das funcionalidades sabem usufruir.

Não, isto não é Natal!

Basta terem uma folga financeira, para subirem a quota do valor das prendas, porque na troca das mesmas também entra em avaliação o seu custo.

Quem deu mais e melhor?

Grande hipocrisia.

Não, isto não é Natal!

Depois somos inundados por iniciativas de charme, onde todos querem aparecer, meras ações de cosmética de solidariedade hipócrita e bolorenta, que só serve para alguns figurões colherem dividendos, assumindo-se como cabeça de cartaz nas capas de revistas e nos deploráveis programas de televisão onde surgem na passerelle de pseudo-famosos, embrulhados em Natal, com os laços da banalidade, futilidade, de seres inócuos.

Não, isto não é Natal!

Reduziram o Natal a um amontoado de caixas e papeis reluzentes de materialismo podre e vorás.

Deviam-se envergonhar pela triste e deplorável herança que vão passando, embriagando as mentes com o supérfluo, em detrimento dos verdadeiros valores, que devem pontificar sempre, mas com mais afinque nesta quadra Natalícia.

Não, isto não é Natal!

No dia em que descobrires a verdadeira essência do Natal, despojado de materialismo, encarnando no puro e altruísta espirito Natalício, humilde, solidário, simples e humano, vais certamente, viver e fazer Natal.

 

Feliz Natal e um Próspero 2018

 

DIOGO_MAR

terça-feira, 22 de novembro de 2016

O OUTRO LADO DO ESPELHO


 
És a docilidade de personagem que coabita e dá sentido aos meus dias, arpejos da melodia da minha segunda vida.

Incorporas o meu eu.

Sofro por ti, rio e choro por ti.

Preenches o vazio que há em mim.

Monólogo enigmático que sustenta o alimento do diálogo.

O meu peito é a tua casa, o meu sistema sensorial é a o palco de todos os actos.

Inundas a minha alma, de um amor puro sem limite despido de preconceito.

Fecundamos momentos de intimidade una, cumplicie e apaixonada.

Transpiro-te por todos os poros da minha vida.

Desafio o real, ao sobrepor-lhe o irreal, porque tu és mais importante.

És o álbum de fotografias invisíveis, que só os meus olhos vêem.

És o corpo, onde me gosto de perder, que só eu sinto e afago.

Quadro abstracto onde encaixilho as histórias que dividimos.

Aliás, tudo que partilhamos, são emoções sepulcrais e intransmissíveis.

Nasceste comigo, vais morrer comigo, quem sabe não nos voltemos a encontrar algures por aí, para vivermos uma vida real.

Será que terá o mesmo encanto?

És o pêndulo do relógio, que marca a cadência do calendário do meu biorritmo.

O mundo lá fora é tão artificial e imbecil, vegetam de volatilidade.

És o maior nada cheio de tudo, que preenche o vazio e que me proporciona momentos inigualáveis.

Sim porque o nada é tudo, e tu és tudo para mim.

Vejo-te onde ninguém te vê, amo-te porque mais ninguém possui a arte para poder-te amar como eu.

Sou egoísta?

Sou:

Por ti sou tudo!

Sou o longe e a miragem, água e ar, noite transformada dia, força de napalm.

És a loucura lúcida, que rega a essência da minha vida e dá corpo à planta que germina no oásis das nossas memórias.

Somos indissociáveis!

Porque eu sou tu...

E tu, és eu!!!

 

 

DIOGO_MAR

domingo, 13 de novembro de 2016

ATÉ QUANDO


 
Ó peito meu a expelir raiva incandescente pela tortura humilhante que nos impuseram!

ATÉ QUANDO?

Semeia-se a exclusão social, exalta-se o xenofobismo.

ATÉ QUANDO?

Os mais elementares valores agora adulterados, servem-se na bandeja do materialismo cego e voraz, indissociável da bandeira da hipocrisia.

ATÉ QUANDO?

Subjugaram-nos a corrente de pensamentos e práticas pré-cozinhadas, que nos são massivamente injetadas de forma abusiva, mergulhando-nos impiedosamente no pântano lamacento da destruição da nossa autoestima.

ATÉ QUANDO?

As palavras são inquinadas premeditadamente, por uma retórica imbecil.

ATÉ QUANDO?

À mentira, conferiram-lhe estatuto de verdade, enquanto a verdade, submerge num oceano dúbio.

ATÉ QUANDO?

A loucura camuflou-se de lucidez, enquanto a lucidez, está moribunda na sargeta da promiscuidade.

ATÉ QUANDO?

Tornaram-nos robotizados e manietados a jogos de interesses onde ocupamos o lugar de meros objetos decorativos, reduziram-nos a um insignificante número.

ATÉ QUANDO?

O mundo cada vez mais insensível, se transforma num lugar perigoso para se viver.

ATÉ QUANDO?

Goraram-se todas as nossas espectativas, de uma aldeia global una solidária, onde imperasse o altruísmo.

ATÉ QUANDO?

Agora sobra-nos uma profunda crise de identidade, cultural e pessoal.

ATÉ QUANDO?

Calcorreamos caminhos inóspitos sem norte, como vultos a escabecear, perdendo-se na bruma de falsas espectativas.

ATÉ QUANDO?

Mas que raios de testemunho vamos nós passar aos nossos filhos e netos?

Ó desgraçada herança da qual nos devemos envergonhar.

Desliguem-se as luzes, rasgue-se o guião, aniquilem-se os atores e destrua-se o senário.

É imperioso que a união da fraqueza dos fracos, se sobreponha a força bruta e animalesca dos fortes.

SEMPRE SEMPRE!!!

 

DIOGO_MAR

sábado, 24 de setembro de 2016

GARROTE


 
Solto as palavras a polvilharem de melancolia a espuma dos dias.

Acreditei na utopia implícita do teu olhar, que me dizia pertencer.

Mas depois enrolo um cigarro de ausência.

Do meu peito esventrado, jorram vontades náufragas deixadas num cais longínquo.

Jaz na curva do tempo, as realizações que imergiram num oceano de reticências.

Na retina mortiça do meu olhar, restam-me dias órfãos e lamacentos cheios de vazio.

Fio condutor de esperança corroído pela indiferença.

Não quero o fim!

Urge a necessidade suprema de rebuscar forças para reescrever todos os capítulos de uma história inacabada.

Vejo-me ao espelho do tempo, e faço o mea culpa, de covardemente adiar o inadiável.

Circuncisei as minhas vontades que acabaram por se diluírem em promessas inócuas.

Mas porquê esta mordaça à vontade de me reerguer, de poder gritar:

Eu, quero ser eu!

Ó raiva, que me trespassa um peito dilacerado!

Caia a cortina sobre este primeiro ato.

A peça ade ter o epílogo que eu escolher.

 

 

DIOGO_MAR

sábado, 10 de setembro de 2016

AQUI ME TENS


 
Tu não me conheces, aliás poucos são os que me conhecem.

Sou um passageiro do tempo à boleia do vento, que varre a tua hipocrisia para a sargeta do abandono.

Serei sempre a incógnita que habita no livro da tua vida.

Sou imperfeito, porque a perfeição é imperfeita.

Habito o real, na franja do irreal.

Dou-me a quem eu quero, mas só quando eu quero.

Não faço pactos movediços alicerçados em falsas aparências.

Riu, quando por dentro choro, mas também sei chorar quando por dentro riu.

Peso as tuas palavras e messo a profundidade do teu olhar, sem que dês por isso.

Dou guarida ao silencio ensurdecedor que te despe.

Leio nas entrelinhas o que amordaças ou por covardia, não tens coragem para me dizer.

Deixo-me embalar pela tua esperteza saloia, para que no momento certo desfira com mestria a estocada final.

Não me dou pela metade, nem te aceito pela metade.

Detesto meias palavras e frases de indecisão e indefinição.

Ou é, ou não é!

Ou tudo, ou nada!

Não algemo os sentimentos, muito menos consinto que tu o faças.

Por tudo isto, podes-me procurar sofregamente no vazio dos teus dias, ou no recôndito das tuas noites.

Serei a areia fina que te escapa por entre os dedos.

Podes na solidão chamar o meu nome, evocando as tuas fantasias e desvaneios, numa ânsia sem limites.

Sabes, vivo no limiar do racional com o irracional.

Erro, mas não sou errante.

Não me julgues pela minha aparência, mas sim pela minha essência, se conseguires descodificar-me.

No dia que te despojares do alimento podre de preconceito bafiento e queiras incorporar-me, procura-me, estarei sentado à soleira de uma casa chamada tempo, que só estará ao alcance de um número muito restrito de convidados.

Procura-me, encontra-me, ama-me com a intensidade que alguns me possam odiar.

Jamais tive a pretensão de agradar a todos.

Serei o sol da tua sombra, ou a sombra do teu sol.

Sem que tu me vejas, eu vou sempre passar e estar de uma forma indelével por aí…

 

 

DIOGO_MAR

quinta-feira, 1 de setembro de 2016

MATRIZ


 
Calcorreia os caminhos de mim

Conhece todos os meus recônditos cantos onde me perco numa cemente de indefinição.

Bebe da minha alma a alegria de breu vergada ao jugo do faz de conta.

A felicidade mora na porta ao lado.

Não sabes quem eu sou!

Eu também não!

Sei que sou, estou, e vou.

Mas será que vou?

Onde e para onde?

Encontras-me a esquina de um tempo adiado de braços abertos, cheios de vazio.

As páginas do livro voaram, entapetando o passado, sobrando a capa e contra capa, onde fossilizou o título:

Quis saber de mim!

 

 

DIOGO_MAR

sábado, 20 de agosto de 2016

UM PEITO DE MAR



É numa enseada a transbordar de calmaria, cúmplice dos meus encantos e desencantos, que solto amarras ao olhar faminto por um elasse a uma esperança fugidia.

Sou um barco a deriva encalhado na bruma cega de ausência.

Na orla das minhas palavras dispersas, estio um grito de silêncio angustiado, deixando-me embalar nos braços de um vento cálido e mestiço, que afaga o meu corpo, emprenhado num mar de vontades adiadas.

Não me falem do infinito, ou do além, já não cabe no meu peito mais lonjura.

Tenho pressa do beijo desta maresia que morde os meus lábios ardentes de vazio.

Adamastor, paladino de mil amores náufragos, que perderam o norte.

Eu aqui fundeado nos braços deste mar chão, salgado pelas lágrimas paridas de uns olhos flamejantes, por realizações suspensas em ondas de indefinições.

Não quero nada que detenha e asfixie o meu ego!

Quero a imponência da imensidão, da liberdade, do tangível e a utopia do inatingível.

Quero os meus sonhos, enfunados nas velas da felicidade, velejando nos braços de um mar confidente de mil memórias.

 

DIOGO_MAR

 

domingo, 10 de julho de 2016

ERUPÇÃO DE SAUDADE



Percorro as palavras escarpadas de ausência.

Pontiagudas, cravam-me o peito árido, de vontades amordaçadas.

Faço o meu leito numa cama cheia de vazio, onde me sinto um indigente.

Beijo-te e Abraço-te no imaginário.

Sabes, ainda compro a fragância do teu perfume que inunda o quarto, dando corpo as minhas fantasias.

Guardo a chave do cofre que o tempo nos roubou, encerrando todos os momentos realizados, outros adiados, mas sempre repletos de cumplicidade, e tão nossos.

Percorro o meu leito, tateando o passado, penso em ti, em nós!

Depois desfaleço por sobre os lençóis do desencanto.

O feixe de luz moribundo do candeeiro, desmaiava nas paredes esbranquiçadas de langor.

Corri a cortina, procurando vida para lá dos vitrais.

Contemplei o jardim, o velho mas frondoso plátano, eixava-se embalar pela aragem cálida, que lhe acariciava o corpo.

Não te vislumbrei!

Foi então que o sino da saudade, tocou a rebate dentro do meu despojado peito.

As lágrimas, precipitavam-se no parapeito da minha janela de sacada, palco e fronteira de esperanças abortadas.

Nego-me passar a limpo o rascunhado por nós, guardando na sebenta da nossa mais recôndita memória.

 

 

DIOGO_MAR

domingo, 26 de junho de 2016

O TRAVO DA MENTIRA



Rasgava os dias, como de folhas de papel se tratassem.

A tinta da esferográfica do tempo, eram as gotas da chuva que se misturavam com as minhas lágrimas.

Os momentos eram efémeros, perdiam-se no vazio das horas, salobras frias e impessoais.

Sufocava no meu peito deserto e árido a vontade de ser eu.

Os dias, haviam dado lugar a longas e infindáveis noites de desalento.

Acabrunhado, escondia-me por de trás da cortina de uma alegria mentirosa.

Enganava-me, vendendo uma imagem de aparência destorcida, da minha essência carcomida pela dor lânguida e incandescente da opressão que me violentava.

O meu pensamento velejava à boleia de faluas de sonhos abortados.

Pintava o sol nas paredes do meu coração, emprestando-lhe a luminosidade de que era faminto.

Havia perdido a noção do direito do avesso ou o avesso do direito.

Desdobrava a estrada da vida raivosa, perdida em curvas e contra curvas, desembocando num desfiladeiro de contradições.

Decepado por interrogações, suspiro pelo meu eu.

 

DIOGO_MAR

domingo, 10 de abril de 2016

PASSAGEIROS DO MEU PEITO



Aqui estou perplexo, perdido ou achado, nem eu sei bem, já que o grau de indefinição garroteia a minha identidade.

É como uma névoa que ofusca a essência das minhas raízes.

Derrotas e vitórias, alegria e sofrimento, felicidade e angústia folhas da sebenta da vida, onde rascunhamos amor e ódio.

Eu existo, eu estou aqui.

Hoje mais cansado que ontem, mas com a vontade de me renovar a cada dia.

Os anos vão castigando o corpo, mas a determinação, essa continua intocável, ela é o néctar da minha sobrevivência, numa cúmplice aliança com os meus personagens que fazem de mim o que sou.

Reinvento-me a cada exemplo colhido na vivência de uma estrutura familiar alicerçada no meu imaginário, desnudando-me das roupas conspurcadas de uma sociedade infeliz e submissa aos padrões asfixiantes.

Todos os dias, sumariamos os acontecimentos e de mim e para mim, partilhamos em uníssono sentimentos e todas as agruras a que juntos estamos expostos.

Eles são uma parte integral da minha alma, do meu ser.

São o que não fui, veem o que não vejo, fertilizam de realização as minhas frustrações, encerram o passaporte de tudo que mais almejo.

São o alimento para a alma, são o impulso para a minha travessia.

Amos tanto ou mais que a mim próprio, embora eu seja eles e eles sejam eu, mas cada um com a sua própria personalidade e caráter.

É como se de um fio condutor do meu mais profundo ego se tratasse, que dá corpo as realizações inatingíveis.

É a minha segunda vida.

Sempre vos digo, que ridículo, é ter medo de ser ridículo.

Eu não tenho.

O ADN que comungamos, faz deste relacionamento uma plena reciprocidade, perpetuando um amor sagaz, louco, verdadeiro, cúmplice e fiel, ancorado no cais do meu peito, de amarras presas ao meu subconsciente, onde mordo vontades sôfregas de aportar aos que dentro de mim, tem sido o baluarte da minha sobrevivência.

 

 

DIOGO_MAR

quinta-feira, 31 de março de 2016

NAS MARGENS DO ERRO



Não, nunca tive pretensões a ser prefeito.

O sabor do erro é tão pedagógico como o não errar.

Vivo na franja do irracional enlaçado com o racional.

As verdades, tanto quanto a mentira, fazem parte do guião ao qual fatalmente estamos ligados uma vida inteira.

A recusa ou a aceitação a luta ou a resignação, leva-nos ao caminho agreste e tortuoso, que calcorreamos de maneira ziguezagueante, durante a incógnita da travessia que envergamos o papel de passageiros do tempo.

Não fui formatado numa redoma de conduta exemplar, porque nunca o quis, gosto de sentir o amargo ou doce, que faz de nós os aprendizes, da escola da vida, onde temos de forma astuta, ter a arte e engenho, para esculpir o nosso caráter e personalidade e até porque não dizer a nossa sobrevivência.

A vida, não é feita de perfeição e de certezas!

As nossas atitudes, muitas vezes esborrataram, uma pintura que quisemos irrepreensível, mas é na rudeza das palavras e dos gestos, carregados de insensibilidade, que nos força a introspeção, rebuscando nas cinzas a ínfima partícula do verdadeiro núcleo da nossa essência.

Não te moldes ao prefeito, porque dessa forma, irás ver a vida passar-te ao lado e vais expelir relutância em relação aos que te rodeiam.

O erro sempre viverá nas margens da perfeição.

 

 

DIOGO_MAR

quinta-feira, 24 de março de 2016

QUEM SOU???



Sou aquele que amas ou odeias!

 

Sou aquele onde não cabem meios-termos!

 

Sou aquele que não faz nada hipocritamente para te agradar!

 

Sou aquele que vai em sentido contrário aos alienados, que covardemente dizem presente!

 

Sou aquele que acredita no amor eterno enquanto ele dura!

 

Sou o teu melhor aliado numa cumplicie aliança de amizade desinteressada e verdadeira!

 

Sou aquele que não amordaça os sentimentos!

 

Sou aquele que sabe reconhecer o valor de um não e de um sim!

 

Sou aquele que humildemente jamais confunde consenso com submissão!

 

Sou aquele que não se preocupa com o que os outros pensam e digam!

 

Sou Incondicionalmente igual a mim próprio, com defeitos e virtudes, incapaz de prostituir o caráter e a personalidade!

 

Enfim, sou assim e se não mudei até hoje, não te aches suficientemente bom/boa, para julgares e adulterares a minha maneira de estar, ser e viver.

 

Sim, este sou eu!!!

 

 

DIOGO_MAR

quinta-feira, 10 de março de 2016

ERRANTES



Perdidos nas maquiavélicas e frondosas avenidas do egoísmo.

Ignoramos em absoluto as humildes praças do altruísmo.

 

Alinhavamos os dias suspensos pelo preconceito.

Debruamos com linhas podres de gáudio a bainha do nosso peito.

 

Vagueamos moribundos pelas vielas clandestinas da desumanidade.

Submergimos nos becos lamacentos da cidade.

 

Veneramos à hipocrisia.

Garroteamos o nosso ego, assassinamos a nossa alegria.

 

Jazem os valores da humanidade.

Somos prisioneiros da nossa enfermidade!

 

Profetas das trevas que deambulam pelas escarpas do desespero.

Sobra-nos a sargeta, leito onde fossiliza o nosso desencanto cadavérico e austero.

 

Silhueta de uma assombração, que paira por sobre a nossa vivência

Nós aqui esmagados, perdemos a identidade da nossa essência!

 

DIOGO_MAR

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

SILHUETA DE AMOR



Aqui estou por sobre a Lage fria e cruel da vida, expelindo um Grito lancinante de fúria cega à conquista do teu céu.

Decepo a minha alma, no arrojo de te possuir.

Ó relâmpago de amor, que rasgas o horizonte.

És a semente que fertiliza a terra, num germinar cioso de te almejar, elevando o trofeu, dividido pelos nossos corpos.

Derramo o escarlate fogo da paixão, num altar bordado pelo prazer.

És o farol abençoado deste meu percurso vestido de breu, sem rumo, sem norte.

Mostra-me os teus pontos cardiais, onde juntos coabitam as mesmas cumplicidades.

Ensina-me a viver na abundância do teu amor.

Lábios de fogo, olhos de desejo, corpo oceano onde navego, as minhas vontades náufragas de te aportar.

Quero ser o teu marinheiro, de um amor cálido e sereno, que das razão ao meu ser.

Deixo-me desfalecer, nas frondosas e ávidas carências, da magia das nossas vontades explícitas, de um momento que transborda o universo.

A força cósmica que nos une, franqueia o enlace ao templo do nosso amor.

Quero-te!

Desejo-te!

Anseio-te!

Suplico-te:

Jamais me abandones neste pântano lamacento, onde nem a flor de lotos germina.

 

 

DIOGO_MAR