sábado, 28 de janeiro de 2017

ARTE


 
Preciso falar-te.

Sim, falar-te com engenho e arte.

Quero-te minha fêmea com toda a tua autenticidade, não ouso mudar-te.

Ó amor louco e devasso, que te embainha da terra a marte.

O teu corpo, é uma divinal obra de arte.

O meu sio animal, adora desnudar-te.

Marinheiro num oceano de anseios, faminto por aportar-te.

Fundeio os meus desejos, na docilidade do gesto de olhar-te.

Nas mãos da cumplicidade, fundimos os nossos corpos, no momento de penetrar-te.

Libidos e apaixonantes minutos de prazer, até ejacular-te.

Aqui me apresento como teu santo pagão, tu o estandarte.

Santuário de Vénus, peregrino devoto a adorar-te.

O nosso quarto é senário de todas as emoções, vou amarar-te.

Eu tela de amor, para emoldurar-te.

Diva de uma candura inigualável, quero venerar-te.

Jardim do éden, canteiro de uma vida, eu, adubo para fertilizar-te.

Amor pelo amor, loucura lúcida para brindar-te.

És raiz transformada em Seiva bruta que vai germinar-te

Desfio estas palavras vadias, para retratar-te.

És arte!!!

 

 

DIOGO_MAR

sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

ESCREVO


 
Escrevo o que escrevo, porque te escrevo.

Se não escrevesse, o que te escrevo, naturalmente não te escrevia.

Assim, difundo esta minha fome de te escrever, cinzelando as palavras, que dão corpo a esta vontade reativa de te escrever, esculpindo a minha escrita, na pedra bruta da vida.

Macieza ou rudeza, num MAR de palavras, onde a escrita é um verdadeiro enigma, mas ao mesmo tempo uma estranha e bela amante.

Eu sem a escrita não sou eu, nem tu jamais serias tu!

Vou continuar-te a escrever, porque é o sangue das minhas palavras a única forma que tenho de te comunicar e de ser EU!!!

 

DIOGO_MAR

quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

CHEIO DE NADA


 
Percorro as paredes alvas do meu quarto, na ténue esperança de encontrar nem que seja uma pálida impressão digital, dos teus dedos que dedilhavam com mestria o meu corpo.

As histórias que se escondem na dobra dos nossos lençóis, murmuram gemidos de sentimentos, num misto de prazer, agora transformado em sofrimento pela tua ausência.

Abateu-se sobre mim, o peso de uma solidão atroz e esmagadora, que decepou o acalentar de sonhos famintos de realizações adiadas cine-dia.

A trajetória das minhas palavras, naufraga na imensidão deste vazio.

Busco e rebusco nos episódios por nós vividos, desnudados de preconceitos, ébrios de vontades tresloucadas do tudo sem limites.

Os excessos que pactuamos imergiam na cumplicidade dos anseios e devaneios que fertilizavam os nossos momentos.

Por entre cigarros afogados em whiskies, pairava a química do amor, que se fundia numa troca de olhares febris arrebatados pela paixão.

A minha ânsia, Media-te na boca a intensidade, enquanto as minhas mãos indiscretas, percorriam sofregamente o teu corpo.

As roupas entapetavam o chão.

No ar, já só se ouviam os arpejos da nota máxima do amor.

A compasso embalávamos o nosso prazer.

Onde estás?

Agora agastado, revisito e venero as recordações das fotografias, músicas e locais que foram palco de momentos inesquecíveis!

Balbucio num monólogo, murmúrios de lamento, numa espiral de desalento e saudade.

 

 

DIOGO_MAR

sábado, 7 de janeiro de 2017

FUTEBOLÊS À MODA DA CASA


 
Esta semana ouvi falar tanto de polvo, que imaginei, que estivessem abertas inscrições, com o alto patrocínio de alguma marca para um festival gastronómico a nível nacional, onde os concorrentes, são de todos os escalões etários, tal foi o foguetório.

Eu que sou grande apreciador de tal molúsculo, confecionado a lagareiro, ou cozido para depois ser regado com molho verde ou simplesmente um arroz bem malandrinho feito com água de cozer o mesmo e com pedaços bem generosos do bichinho, suscitou-me grande apetite e atenção.

Mas de seguida, esvaneceu toda a minha gula entorno de tal tema.

Constatei que o tão apregoado polvo que falavam, era relacionado com o futebol, ora nessa área não vejo qual é a correlação, já que adequo mais uma pocilga ou estrumeira, que me perdoe o animal porco, que me merece toda dignidade e respeito.

Quanto a sua concorrência, já não tenho tanta certeza disso, olhando a tão baixo nível educacional, cultural revelando um (QI) coeficiente que devia ser de inteligência, passou a ser de ignorância, mas daquela mesmo aguda, bruta e animalesca.

Há por aí alguns figurões que se vão autopromovendo na passerelle dos estádios de futebol, modalidade desportiva, que infelizmente resvalou para uma máfia onde as sades (Sociedades anónimas) são autênticas máquinas de fazer dinheiro a todo o custo, seja lá a que preço for.

Os suínos esfocinham sofregamente na gamela, disputando o melhor pedaço.

Lançam grunhidos intimidatórios, querem sempre mais!

Escudam os seus insucessos covardemente por de traz dos árbitros, máquinas humanas, que tal como eu e como tu, pessoas normais falhamos, mas esses figurões não!

Eles não falham, e quando isso acontece refugiam-se para lá de uma cortina de suspeição, lançando o fogo, escondendo a mão, não venham a sair também chamuscados.

Semeiam alarvemente a violência que instigam através de patacoadas proferidas na praça pública, onde infelizmente encontram facilmente adeptos tão ou mais energúmenos que eles que lhes dão provimento e cobertura.

O mesmo grau de exigência que querem para as arbitragens, eu gostava que fosse aplicado a todas as profissões e caros neste País!

Isso é que era!!!

Exigir desempenho irrepreensível das atividades profissionais, assim como escrupuloso cumprimento dos horários de trabalho,

Isso é que era!!!

Cheguem tão cedo aos locais de trabalho e as escolas, como chegam ao estádio.

Isso é que era!!!

Vivam com o mesmo fervor e paixão, o desempenho das funções que lhe foram atribuídas.

Isso é que era!!!

Idolatrem tanto quem vos paga o salário, como o club.

Isso é que era!!!

Olhem-se ao espelho e dispam-se da pele de virgens ofendidas!!!

Tenham vergonha e assumam os fracassos.

Isso é que era!!!

Está montado o circo, pena é que os palhaços sejam de tão má qualidade, esvaziam-se em malabarismos verbais, exorcizando a trupe, para intimidar recorrendo a todas as formas de coação junto dos árbitros.

O futebol cá do burgo, precisa de uma valente varredela, ou alguns agentes desportivos, só podem sair de casa açaimados, tal a perigosidade da intoxicação das suas lavercas, de cheiro nauseabundo, já que têem o circuito intestinal invertido, defecam toda a merda pela boca, e os seguidores aplaudem!!!

Urge a necessidade de desviar as atenções, justificando os insucessos e as incompetências com o nome de algo.

Arbitragem!

 

Bom, agora vou é saborear o verdadeiro polvo!!!

Mas, que maravilha!

Só não ofereço, porque todo para mim é pouco!!!

 

DIOGO_MAR