domingo, 3 de fevereiro de 2013

UMA ESPERANÇA ADIADA



A conjuntura económica da europa está mergulhada numa turbulência, que por contágio nos faz sentir na pele todo este efeito dominó, a que estamos expostos.
Este é o grande risco de uma economia encadeada, e porque não dizê-lo assente em grandes grupos económicos que manobram a seu belo prazer as velas do navio.
As convulsões sociais estão aí para durar.
O desemprego leva-nos ao caminho do desespero.
O flagelo da fome é um dado cruel e adquirido, ao qual já não podemos passar indiferentes.
O cinzentismo em que o velho continente mergulhou está a asfixiar famílias inteiras.
E até porque não dizer, dizimá-las.
Desmoronaram muitas das espectativas que acalentávamos.
As estruturas familiares nunca estiveram tão fragilizadas nos seus alicerces.
Perderam-se os valores de auto-estima.
Filhos que passam fome, e que já se viram privados de um ensino superior.
Prostituição consentida e camuflada.
Procura de alimento nos contentores do lixo.
Filas para a sopa dos pobres.
Escolas que servem refeições aos fins-de-semana e férias, para garantirem pelo menos uma refeição diária as crianças.
Mas que raios de europa solidária é esta?
Aqui fica bem presente o elevado grau de hipocrisia de todo sistema politico e financeiro do velho continente.
Os valores materiais suplantam os éticos e morais.
O sonho de uma europa una e patriótica,
Deu lugar a um continente de grandes clivagens sociais.
Os verdadeiros jogos de interesses, cilindram todos e quais queres valores.
Cavou-se um foço, onde imperam os ricos, transformados em abutres,
Que vão engordando a custa dos cadáveres que vão deixando pelo caminho.
Isto é insane.
Entramos numa verdadeira espiral politica do tem que ser.
Mas meus senhores, em vez do tem que ser,
Adoptem o que pode ser.
Porque sabem, há limites.
E os nossos já foram ultrapassados.
Os interesses económicos tornaram-se implacáveis, e até mesmo desumanos.
Já não há pudor nas decisões que tomam.
Afinal os campos de concentração que pensava terem sido abolidos,
Estão novamente aí, e em força.
Com a mesma força e crueldade que lhes conhecemos.
Não há camaras de gás, mas há a morte lenta da fome e da descrença.
Espalhada pelas cidades, Vilas e Aldeias.
Tornaram-nos em lixo humano, acorrentados ao jugo económico-financeiro, de um sistema politico falhado e falido. E desprovido de qualquer sensatez.
Fazem de nós autênticas marionetas aos olhos e nas mãos manchadas e conspurcadas de miséria, que esses senhores se pavoneiam de ter espalhado por vários Países europeus.
Morte a hipocrisia.
Morte aos abutres.
Adeus querida europa, sonhada e desejada!

DIOGO_MAR