sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

SOU EU

Sou o Mar.
Revolto e agreste, mas sou igual a mim próprio.
Revejo-me na sua verdadeira imensidão, tempestuoso, mas, envolto em não sei quê de nostalgia.
De doçura ternura e até mesmo melancolia.
O vai e vem das ondas, assemelho ao embalar do meu berço pela mão da minha Mãe.
O deslisar Teno na areia era a calmaria para meu adormecimento com as cantigas da voz mais doce, melodiosa, cristalina e única da Mulher mais EXTRAORDINÁRIA da minha vida.
A minha Mãe.
Reconheço que minha personalidade e caracter identifica-se com o maior espelho de água do universo.
O Mar.
Os segredos que nele encerram, os tesouros perdidos no tempo, de lendas e histórias,
Têm um paralelismo com todas as etapas por mim vividas, ao longo da travessia de uma vida, sinuosa, com lutas quase titânicas para superar muitos obstáculos que pareciam intransponíveis.
Tive de muitas vezes acordar o Mar dentro de mim.
E das fraquezas fazer forças, misturei o doce, e o salgado, a raiva, e a ternura, a tempestade, e a bonança.
Mas sempre fiel as minhas convicções.
O Mar dentro de mim.
O Mar nos meus braços?
Ou eu nos braços do Mar!

DIOGO MAR

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