sexta-feira, 2 de outubro de 2015

RETALHOS



Divago ao acaso sem norte nas asas da insatisfação, fossilizada nos dias, onde a noite é eterna.

Quero o que não quero!

O meu peito é uma casa cadavérica onde só restam paredes carcomidas pela erosão do tempo, déspota e implacável.

Esta insatisfação, embriaga uma louca mas sadia vontade de me encontrar, nas avenidas frondosas da realização.

A noite, ofusca um sol cumplicie da timidez.

Os dados estão viciados no tabuleiro de uma vida de langor.

Qual o certo, qual o errado?

O meu traçado, vestiu-se de farrapos manchados pelo sangue da saudade.

Os pássaros, escabeceiam num bailado ao sabor da orquestra do desalento.

O seu chilrear, são como alfinetes de alegria a cravejar num peito de dor e pranto de vontades adiadas.

O presente assassinou o futuro, o passado ficou órfão de realizações vazias.

A esperança, deu lugar à resignação.

Não sei de mim!

 

DIOGO_MAR

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