quinta-feira, 31 de março de 2016

NAS MARGENS DO ERRO



Não, nunca tive pretensões a ser prefeito.

O sabor do erro é tão pedagógico como o não errar.

Vivo na franja do irracional enlaçado com o racional.

As verdades, tanto quanto a mentira, fazem parte do guião ao qual fatalmente estamos ligados uma vida inteira.

A recusa ou a aceitação a luta ou a resignação, leva-nos ao caminho agreste e tortuoso, que calcorreamos de maneira ziguezagueante, durante a incógnita da travessia que envergamos o papel de passageiros do tempo.

Não fui formatado numa redoma de conduta exemplar, porque nunca o quis, gosto de sentir o amargo ou doce, que faz de nós os aprendizes, da escola da vida, onde temos de forma astuta, ter a arte e engenho, para esculpir o nosso caráter e personalidade e até porque não dizer a nossa sobrevivência.

A vida, não é feita de perfeição e de certezas!

As nossas atitudes, muitas vezes esborrataram, uma pintura que quisemos irrepreensível, mas é na rudeza das palavras e dos gestos, carregados de insensibilidade, que nos força a introspeção, rebuscando nas cinzas a ínfima partícula do verdadeiro núcleo da nossa essência.

Não te moldes ao prefeito, porque dessa forma, irás ver a vida passar-te ao lado e vais expelir relutância em relação aos que te rodeiam.

O erro sempre viverá nas margens da perfeição.

 

 

DIOGO_MAR

1 comentário:

  1. O que seríamos nós, se não fossem as nossas imperfeições?...
    Uma obra acabada... no sentido literal do termo...
    Mais um texto fantástico, por aqui, Diogo!...
    Abraço!
    Ana

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