quinta-feira, 25 de maio de 2017

CAPÍTULO


 
Ardem em lume brando, palavras órfãs de alento

Varridas por ventos agrestes que ceifam meu tormento.

 

Paragens longínquas estéreis de esperança

Gemido do restolho ecoa a melodia desafinada da descrença.

 

Dias alinhavados na morrente da história

Monção vadia e demolidora fragmenta a memória.

 

Sem norte nem identidade

Passageiros do tempo, que coabitam na travessia da minha idade.

 

Erupção de raiva espelha o meu sofrimento

Jovialidade servida numa bandeja de passado, onde já só mora o desdém do tempo.

 

Definham vontades fugidias no gume da indiferença

Dilacerado arrasto-me na torrente da minha existência.

 

Assaltado por uma ira inusitada

Resigno-me a uma mão cheia de nada!

 

DIOGO_MAR

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