Ardem em lume brando, palavras órfãs de alento
Varridas por ventos agrestes que ceifam meu tormento.
Paragens longínquas estéreis de esperança
Gemido do restolho ecoa a melodia desafinada da descrença.
Dias alinhavados na morrente da história
Monção vadia e demolidora fragmenta a memória.
Sem norte nem identidade
Passageiros do tempo, que coabitam na travessia da minha
idade.
Erupção de raiva espelha o meu sofrimento
Jovialidade servida numa bandeja de passado, onde já só mora
o desdém do tempo.
Definham vontades fugidias no gume da indiferença
Dilacerado arrasto-me na torrente da minha existência.
Assaltado por uma ira inusitada
Resigno-me a uma mão cheia de nada!
DIOGO_MAR
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