terça-feira, 29 de agosto de 2017

SÓ FACHADA


 
Fraseando o slogan publicitário (Nós ainda somos do tempo) ... Que se faziam amizades sólidas.

Não pertencíamos a uma sociedade plástica, bacoca e egocêntrica, que adora pavonear-se ao olhar para o seu umbigo.

O protótipo da sociedade da pastilha elástica, masca-se enquanto é doce, para de seguida lançá-la para o lixo.

Tudo isto, é fruto de uma imensurável e lamentável crise de valores, assentes na volatilidade que infelizmente são a matriz desta malta, que só vê no materialismo e na superficialidade o seu modo de vida, fertilizado pelas redes sociais onde emproadamente desfilam na passerelle do ridículo, fútil e banal, sob a guarida dos seus progenitores, que em nada lhes serve de exemplo.

Impera a verdadeira lei da selva viral e demolidora.

São uma mão cheia de nada!

Mas que importa serem crânios no desempenho das suas profissões, se são vazios na sua essência?

Depois temos os Papás, os grandes responsáveis e mentores por tão grave deformação educacional a agitarem a bandeira do orgulho jacobino, dizendo: o meu filho é um craque nisto e naquilo!

Perguntamos-lhe, se esse mesmo craque sabe arrumar o quarto, bem como acondicionar as roupas e calçado nos locais corretos, ajudar nas tarefas da limpeza de casa, por a mesa, tomar conta do irmão mais novo, tratar da sua matrícula na escola, deslocar-se sozinho para as suas atividades, fazer um simples chá para a sua Mãe, trazer o cão a rua passear e apanhar os dejetos.

Sabe?

Cumpre com estas tarefas?

É responsável?

Claro que haverão exceções e ainda bem que as há, mas infelizmente no cômputo geral a realidade é desastrosa.

Temos um tipo de sociedade de farsa, num baile de máscaras fora de época.

Mais grave, alimentam e disseminam o seu artificial ego disso, fingindo serem felizes, bebendo sofregamente até ao último trago o cálice do ópio do engano.

 

DIOGO_MAR

 

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