quinta-feira, 12 de outubro de 2017

NADA MAIS...


 
Jogado na estrada do tempo

Esconjurado pela agrura do meu lamento.

 

Perdi-me, não sei de mim

Despojado do meu caminho

Escabeceio sem ver o fim.

 

Grito de silêncio lancinante

Imploro-te guarida nem que seja por um instante.

 

Becos de breu e abandono, onde só paira a tua silhueta

Consumido por delírios palustres, resigno-me a tal maleita.

 

Rogo a loucura do meu ego

Suspenso pela incógnita de um amor cego.

 

Inquietude de vontades amordaçadas

Desemboca num labirinto de loucuras arrebatadas.

 

Pedes-me o infinito e o além

Cavalgo no vento na terra estéril de ninguém.

 

Agora mergulhado na penumbra e decepado na minha essência

Apagou-se a luz da minha referência.

 

Oiço lá longe o gemido da tua voz

Tento acordar deste sonambulismo, que me esmaga de forma implacável e feroz.

 

Prostrado na Lage crucificadora da solidão

Já só restam despojos órfãos do manuscrito da minha monção.

 

Retalhos de uma vida de engano

Calendário indigente onde não se conhecem dia, mês ou ano.

 

Marca indelével na invisibilidade do crer

Infindável noite sem amanhecer.

 

 

DIOGO_MAR

5 comentários:

  1. Se a Andreia o segue, é porque tem bons motivos para isso, realmente.
    Um poema muito bonito. Gostei.
    Obrigada por ter passado no meu blogue. Se gostar, siga também.

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  2. Obrigada, Diogo, pela visita e muito especialmente pelas palavras.
    AMEI este teu poema e guardo comigo os versos:

    "Perdi-me, não sei de mim

    Despojado do meu caminho

    Escabeceio sem ver o fim.



    Grito de silêncio lancinante

    Imploro-te guarida nem que seja por um instante "

    As palavras são o elo mais forte entre as pessoas.
    Abraço.

    ResponderEliminar
  3. Obrigada, Diogo, pela visita e muito especialmente pelas palavras.
    AMEI este teu poema e guardo comigo os versos:

    "Perdi-me, não sei de mim

    Despojado do meu caminho

    Escabeceio sem ver o fim.



    Grito de silêncio lancinante

    Imploro-te guarida nem que seja por um instante "

    As palavras são o elo mais forte entre as pessoas.
    Abraço.

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  4. Não sei se leu bem o que eu escrevi...
    Eu disse: "Se gostar". Não mendigo seguidores.
    Simplesmente, tentei manter o "contacto".
    Não se enerve nem gaste tantas letras com isso. ;)

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  5. Peço desculpa se também interpretei mal, então. Só quis mesmo dizer que, caso deixem de haver comentários, e não nos seguirmos, é mais difícil voltar a encontrar os blogues. E também odeio comentários como "Gostei", por isso é que tento sempre ler tudo até ao fim e comentar adequadamente.

    Mas pronto, vemo-nos por aí.

    Obrigada pelos desejos de continuidade e igualmente.

    Beijinhos.

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