Preguiço a sombra dos dias
Deixo que a vida me transporte, nas azas doces do seu correr.
Deixo que ele me empurre a mim
Afinal para que ei-de ter eu tanta pressa
De alcançar o fim.
Dessa correria desenfreada
Quero brindar aos dias
Uma esperança adiada!
Numa ânsia sem limite
Por ti morro de desejo
Tu por mim de apetite!
Sem pressa de chegar
Gravamos na estrada do tempo os nossos paços marcados a par
No tique taque do momento
Percorro o trilho da vida a conquista desse momento.
Desenhada no futuro
Solto preces ao vento
Tenho medo do escuro!
Num sol que te inunda o rosto
Mata-me a mim de alegria
Antes que te mate eu de desgosto!
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