quarta-feira, 23 de outubro de 2013

EM NOME DA MENTIRA!



Sempre ouvi dizer que uma mentira dita muitas vezes transforma-se numa verdade.
Nunca entendi bem esta frase.
Mas já ouvi rebatê-la dizendo, que a mentira tem perna curta.
Por vezes dou por mim, a refletir sobre a carga que estas expressões representam hoje mais que nunca, numa sociedade altamente corrompida e facilmente aliciada.
Começa a ser quase que uma utopia o carater e a personalidade.
A sofreguidão cega de atingir os objetivos, sem olhar a meios, é algo que cada vez mais me angustia.
O abismo económico, em que caíram um elevado número de famílias, Portuguesas fez quase desmoronar os já fracos alicerces morais de uma sociedade inusitadamente consumista.
A par desta lamentável realidade, sobra-nos outra:
Uma classe política e uma elite económica, que manobra a seu belo prazer um barco, onde a culpa morre solteira.
Ou seja:
Todos mentem, mas ninguém é mentiroso.
Agora que ele se apresenta cheio de rombos, eles mais parecem ratos do porão a fugir sacudindo a água do capote isentando-se de culpas.
Vemos que todos esses lóbis mergulham num verdadeiro antro de corrupção e mentira.
Daí vejo com muita perplexidade, que se começa a perder a noção, de onde começa a verdade, e onde acaba a mentira.
Ou seja, é o adulterar por completo de princípios que os nossos progenitores nos incutiram.
A mentira instalou-se, e até já goza de um elevado estatuto, já tem status social.
Os mentirosos compulsivos.
E no que concerne a esta matéria, ela é abrangente e transversal, a todo o quadrante politico.
Os abutres estão aí, sedentos de sangue fresco.
Agora já nem eu mesmo sei, se a mentira tem de facto perna curta.
Bom, pelo menos uma certeza tenho, é que não vos menti!

 
Diogo_Mar

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