Finto sentimentos que fecundo num peito sedento de identidade
Vida rascunhada pela idade.
Rebeldia amordaçada pelo vazio do saudosismo
Pobre prisioneiro de mim jogado no abismo.
Asfixio sem encontrar o antídoto que me transporte as minhas
raízes
Desfio os anos não encontro a semente das minhas matrizes.
Audácia esmagada pelas recordações
Aqui me encontro inerte na sarjeta implacável de emoções.
Viela da saudade onde se perdem os meus passos
Encontro desencontrado de momentos amargos.
Desgastado pela corrosão déspota da ânsia
Força moribunda sem tenacidade nem esperança.
Procura incessante nas gavetas da memória
Marco geodésico janela para a minha história.
Torrente de vivências lapidadas num quadro inacabado
Olhar melancólico que desagua na foz do passado.
Turbos são os dias desta imagem pardacenta
Peito ceifado pela dor da ausência.
DIOGO_MAR
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