sábado, 25 de março de 2017

MEU NORTE


 
Finto sentimentos que fecundo num peito sedento de identidade

Vida rascunhada pela idade.

 

Rebeldia amordaçada pelo vazio do saudosismo

Pobre prisioneiro de mim jogado no abismo.

 

Asfixio sem encontrar o antídoto que me transporte as minhas raízes

Desfio os anos não encontro a semente das minhas matrizes.

 

Audácia esmagada pelas recordações

Aqui me encontro inerte na sarjeta implacável de emoções.

 

Viela da saudade onde se perdem os meus passos

Encontro desencontrado de momentos amargos.

 

Desgastado pela corrosão déspota da ânsia

Força moribunda sem tenacidade nem esperança.

 

Procura incessante nas gavetas da memória

Marco geodésico janela para a minha história.

 

Torrente de vivências lapidadas num quadro inacabado

Olhar melancólico que desagua na foz do passado.

 

Turbos são os dias desta imagem pardacenta

Peito ceifado pela dor da ausência.

 

DIOGO_MAR

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