terça-feira, 19 de fevereiro de 2019

NÃO, EU NÃO QUERO


 
Não, não quero que sejas promessa.

Não, não quero que sejas adiamento.

Não, não quero que sejas frieza.

Não, não quero que sejas distância.

Não, não quero que sejas ausência.

Não, não quero que sejas fingimento.

Não, não quero que sejas indefinição.

Não, não quero mais ou menos.

Não, não quero pode ser.

Não, não quero não sei.

Não, não quero que sejas indecisão.

Não, não quero que tenhas dúvidas.

Não, não quero fretes.

 

Quero precisamente o contrário de tudo isto que acabaste de ler.

Quero que te dispas de preconceitos, que te libertes das algemas que aprisionam o teu EU, e sejas a tua essência, nua e crua, que deixes brotar a mais pura espontaneidade e naturalidade que em ti encerras.

Não quero que te dês pela metade, já que eu me entrego por inteiro, faço da reciprocidade meu lema.

Seja em que relacionamento for: Dois pesos e duas medidas, não obrigado.

 

DIOGO_MAR

1 comentário:

  1. Amigo Diogo Mar
    Com underline estampada
    Não querer, é querer nada
    É nada querer ganhar.

    Mas o que dá a notar
    É a posse determinada
    Pelo domínio à amada
    Como a princesa do lar.

    É bom tê-la por inteiro
    Mas não como se posseiro
    E sim despretensioso

    Que come pelas beiradas
    Só dando em imaginadas
    Estratégias de um esposo.

    Belo poema o seu, mas é dando que se recebe. Grande abraço! Laerte.

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