terça-feira, 14 de maio de 2013

No fio do tempo



Caminho por aí sem saber para onde vou
Calcorreio o caminho, Ao encontro do tudo e do nada
Com vivências felizes, e com desilusões que deixaram um trago de mágoa.


Acreditei, quando não devia ter acreditado
Sempre fui verdadeiro, pois só via esse lado.


Pari palavras e gestos carregados de sentimento
Esqueci, ou ignorei que tudo não passava de um momento.


Ofereci flores em troca da ponta da espada.
Caminho por esta vida, que me oferece uma mão cheia de nada!


Expus-me a facada feroz
Flutuei, ao sabor daquele vento sinistro e atroz.


Longe ou perto, quero ver o caminho
Quero ter a certeza que não vou sozinho!


Rasgo as palavras, carregadas de tanta dor.
Foge uma lágrima atrevida
Embrenho-me até as mais profundas entranhas da minha vida.


Caminho por aí de uma forma desancorada
Ao encontro do tudo e do nada!


A procura de um porto de abrigo
Sempre fui cúmplice de um amigo.


Aquele que diz presente
Em cada alvorada
Aquele que jamais me deixa andar ao sabor do nada!!!

 

DIOGO_MAR

domingo, 12 de maio de 2013

TANTAS INTERROGAÇÕES???



Quantas vezes nos interrogamos por aquilo que fomos, e, pela quilo que somos.

As duvidas assaltam a nossa memória, temos medo de cair na realidade dos factos incontornáveis, e aos quais passamos uma vida inteira a brincar as escondidas.

Nós não gostamos de nós, gostamos sim, que os outros gostem de nós.

Deformámos o nosso corpo, a nossa mente, os nossos ideais.

Quando por acaso encontramos uma das nossas fotografias da adolescência, sentimos um aperto no peito, e somos inundados por uma nostalgia de insatisfação como se tivessem arrancado páginas de um livro.

A história vai ficar incompleta, ou podemos de uma forma livresca recriar o que não lemos.

Mas pergunto eu? Seria assim?

Mas lhe garanto, que essas páginas vão ser escritas. Essas folhas vão aparecer. Já ouviu falar na vida para além da morte?

Lembra-se de ter visto uma imagem numa revista, ou na televisão e ter a sensação de que já lá esteve?

Sabe qual a origem dos seus medos, e fobias? Do seu apego aos bens materiais?

Este é um assunto melindroso, e como todos os tabus, evitamos. Mas uma certeza tenho, que só quando encontrarmos essas folhas que fazem parte de nós, o livro fará todo o sentido.

Jamais o presente se pode in dissociar do passado,

E leva-nos a incógnita do futuro!

 

DIOGO_MAR

sábado, 11 de maio de 2013

Os nossos olhos estão cegos melhor é recorrer aos da alma



Urge a necessidade suprema de nos transcender, e sabermos enfrentar as agruras da vida.

Estamos a um paço do abismo, vamos, abrir os braços, e saltar, para o outro lado?

Sim?

Não?

Querer, é vencer.

Venha daí essa força.

Eu quero, flutuar ao sabor do vento, o meu melhor confidente, e que me sussurra os seus concelhos.

De resto, só em perfeita sintonia com as forças da mãe natura, é que nos encontramos. É o poder mais que perfeito.

Que vale a nossa racionalidade, se não queremos entender isso?

Somos filhos dela, uma ínfima partícula, degenerada.

Os filhos não mal tratam os seus progenitores.

Temos, e merecemos ser punidos.

Pobre homem, para onde vais?

A nossa vida perdeu objetividade, tentamos resolver as pequenas coisas, quando temos outras grandes pendentes.

Abrimos a porta às futilidades. Esquecendo que ela é feita de pormenores. Coisas simples e pequenas, engrandecem o homem.

Esse seria o trilho certo.

Quantas vezes olho, a linha do horizonte e penso!

Sou um simples objeto da sociedade moderna, da Coca-Cola, do hambúrguer do plástico.

Como eu gostaria de fazer o meu leito, tendo como travesseiro, as montanhas, como lençóis a mais densa vegetação,

A luz, o sol.

O despertador o vento,

Ouvindo as mil músicas, como só o mar sabe cantar.

Preguiço, esfrego os olhos, e tenho medo de acordar.

Quero ter asas, Quero gritar,

Eu sou eu. Beliscar-me e sentir a dor, já não sou artificial. Vou em busca de uma mão, de um gesto, de uma luz, de uma palavra quente e verdadeira

 Sabem o quanto é importante termos referências na nossa vida?

Termos algo que nos estimule a projetar e realizar os nossos sonhos.

Mas, sonhos?

Isso o que é?

Aquilo que desejamos, cor-de-rosa, ou azuis?

O sonho não passa de ser um falso alimento para a alma.

Diga-me alguém vive de sonhos?

Claro que não, as certezas é que fazem lei.

Mas nunca podemos, ter certeza de nada.

Vamo-nos despir de todos os preconceitos, convencionados por uma sociedade de fachada, prisioneira, das maiorias aglutinadoras.

Temos cinco dedos na mão e nenhum é igual, mas todos nos são úteis.

Almejamos a perfeição, só em pensar assim, já estamos a ser imperfeitos.

Quero é sentir o sol, o vento, os pássaros; caminhar descalço beber a água na nascente. Água é vida, e eu ando à procura de viver, e não de vegetar, e cair a cada armadilha, a cada rasteira.

Gostava de ler nos olhos do meu semelhante a sinceridade, a alegria de viver.

Em vez de angústia, e covardia.

Quero Sentir-me, filho da natureza. Padecer do síndroma da liberdade, plena e absoluta.

Compreender e respeitar o reino animal, e a sua hierarquia, a sua irracionalidade racional.

Os meus olhos vertem lágrimas de sangue, o meu peito mais parece um vulcão a expelir raiva, desilusão e dor.

Soltem-me as amarras, quero ir à conquista de mim, dos meus ideais, que parecem inatingíveis mas que começam na minha casa, no meu prédio, na minha rua.

Eu, sou eu. E não os outros.

Agora que falamos tanto em reciclagem, comecemos pela sociedade, materialista, e sem valores pelos quais devia-mos reger a nossa conduta, sem atropelar ninguém, sem colocar-mos rótulos, quando nos devia-mos olhar ao espelho.

Temos medo? Pavor? Vergonha?

Tanta fachada. Quando por dentro estamos podres.

Não conseguimos gostar de nós, como vamos, gostar dos outros?

Eu quero gritar. Caiam as máscaras.

Quero gostar do meu semelhante, da minha família, dos meus amigos e dos meus. Inimigos.

Não me revejo nesta selva de cimento armado, neste stress, sem termos tempo para pensar.

Tropeçamos no egoísmo, esbarramos no egocentrismo, na ingratidão.

Tudo se resume a uma pastilha elástica, masca-se, enquanto é doce, de seguida cospe-se.

Não dá-mos valor a nada. Estamos, manietados e robotizados pela vida errante que adotamos.

É esta, a herança que vamos transmitir aos nossos filhos?

Puxamos nós pelos galões do moralismo, ou seja do falso moralismo quando não servimos de exemplo. Somos falsos profetas numa aldeia global onde temos que coabitar.

Mais vale eu fazer a minha própria história. Aquela, que não vivi, mas que conto a mim próprio, e as paredes do meu quarto. Dessa forma, consigo encontrar o meu equilíbrio no meu subconsciente.

Sou doido? Acha?

Mas sou feliz.

 

DIOGO_MAR

O QUE É VIVER???




Somos traídos pelos nossos próprios sonhos.

Onde fica o inferno?

Onde está o paraíso?

Durante toda a nossa existência fazemos múltiplas perguntas. Aliás viver é uma grande Interrogação.

Quantas vezes a verdade, é mentira, e a mentira, sabe a verdade.

Enganamo-nos a nós próprios, para justificar, o que não tem justificação.

A felicidade, é uma utopia. Nunca vamos conseguir, o pleno caminho da felicidade.

E pergunto eu? Isso o que é?

É uma árvore, cheia de fruto, que de seguida fica nua.

A alegria, coabita com a tristeza.

Após um dia, eis que chega a enigmática noite.

Há por ai alguém, que seja feliz?

Ou seja, anda-se a enganar a si mesmo.

Ou implora a esperança, para contrair empréstimos a felicidade.

Às vezes, somos masoquistas, ao ponto de nos enganarmos!

É o beber o sangue mais venenoso, No momento, serve de analgésico, depois mata.

Isso é, o encanto, da mentira.

A nossa vida é uma pintura abstrata que a sua beleza, se encontra, no olhar de cada um.

Já mais, alguém poderá julgar, aquela obra.

As nossas lágrimas, correm-nos pelo rosto, em sinónimo, de alegria, ou tristeza.

É o mel, e o fel.

Isto, não passa de algumas divagações, que estou a fazer.

As ideias, são escorreitas, e fluidas, a experiência assim o faz. Mas, eu falo em experiência?

O que é isso? Não passa, de uma palavra feita.

Uma capa de proteção, para nos escondermos. E justificar, os nossos erros, e virtudes. Experiência, é dizer; sim, ao não?

Ou não, ao sim!

É contrariar o, nosso eu?

Mas quem sou eu?

Por vezes fugimos de nós, como o, diabo da cruz.

Passamos uma vida, inteira, com ela, a passar-nos ao lado. Vivemos mascarados, e prisioneiros de nós mesmos.

Acorrentados a regras, e leis, de uma sociedade triste, frustrada e, infeliz.

Caminhamos ao acaso, algemados, à nossa sombra.

Afinal, quem somos?

Provavelmente já deu por si, a colocar, esta questão.

Conseguiu, uma resposta?

Racional, ou de conveniência?

É a velha história, de nos escondermos, por de traz, da cortina e ficar, com os pés de fora.

Na vida somos, muito pouco realistas, quando nascemos só temos, uma certeza, é que vamos morrer.

Aliás a vida, não é mais, que a sala de espera para a morte.

Mas é essa mesma certeza, que mais nos angustia.

Vivemos todos no palco da vida, onde temos um papel a cumprir, esforçamo-nos para o representar, da melhor forma.

Somos, verdadeiros atores, numa peça que não gostamos, onde não nos revemos.

Adulteramos os nossos ideais perdemos e prostituímos a nossa personalidade, jogamos o jogo dos outros, onde já sabemos que vamos perder.

Por vezes apetece-me rasgar o guião.

Afinal, de que valem tantos ensaios?

Só me resta, Uma mão cheia de nada.

O mesmo nada, igual a vazio, a frustração.

Quando nos vamos conseguir encontrar?

Onde está a punção magica?

Será o amor? Por tudo aquilo que somos e fazemos,

Amor puro e desinteressado?

Mas que raios, essa palavra, esse sentimento é tão fugas, que a delapidamos, quando, a roubamos ao coração.

Caiu na banalidade mais que retorcida!

 

DIOGO_MAR

domingo, 5 de maio de 2013

ONTEM JÁ ERA TARDE



Fui criado com princípios morais comuns:
Quando eu era pequeno, mães, pais, professores, avós, tios, vizinhos, eram autoridades dignas de respeito e consideração.

Quanto mais próximos ou mais velhos, mais afeto.

Era inimaginável responder de forma mal-educada aos mais velhos, professores ou autoridades.

Confiávamos nos adultos porque todos eram pais, mães ou familiares das crianças da nossa rua, do bairro, ou da cidade.

Tínhamos medo apenas do escuro e dos filmes de terror.

Hoje sinto uma tristeza infinita por tudo aquilo que perdemos. Por tudo o que os meus filhos estão a enfrentar.

Vejo medo no olhar das crianças, dos jovens, dos velhos.

Fico estarrecido ao ver direitos humanos para criminosos, e deveres ilimitados para cidadãos honestos.

Não atropelar tudo e todos significa ser idiota.

Pagar dívidas em dia é ser parvo.

Anistia para corruptos e parasitas.

O que aconteceu connosco?

Professores maltratados nas salas de aula, comerciantes e idosos que deram o ser a este País, ameaçados e mortos por marginais, grades nas nossas janelas e portas.

Que valores são esses?

Automóveis que valem mais que abraços.

Filhas querendo uma cirurgia de estética como presente por passar de ano, para dessa forma se poderem pavonear, imanando de uma forma avulsa o seu cio de fêmea.

Telemóveis nas mochilas das crianças para um uso abusivo.

O que vais querer em troca de um abraço?

A diversão vale mais que um diploma.

Um ecrã gigante vale mais que uma boa conversa.

Mais vale uma maquiagem que um gelado.

Mais vale parecer do que ser.

Tanta fachada!

As amizades coloridas banalizando o sexo, regado por verdadeiras orgias de álcool.

Quando foi que tudo desapareceu ou se tornou ridículo?
Quero arrancar as grades da minha janela para poder tocar as flores!

Quero-me sentar na varanda e dormir com a porta aberta nas noites de verão!

Quero a honestidade e humildade como motivo de orgulho.

Quero o caráter e personalidade, e poder olhar olhos nos olhos do meu semelhante.

Quero a esperança, a alegria, a confiança!

Quero silenciar a voz de quem diz: temos que estar ao nível de, ao falar de uma pessoa.

Abaixo o TER, viva o SER.

Viva o retorno da verdadeira vida, simples como a chuva, limpa como um céu de primavera, leve como a brisa da manhã! E definitivamente bela, como cada amanhecer.

Quero ter de volta o meu mundo simples e comum.

Onde existam amor, solidariedade e fraternidade como referência.

Urge a necessidade de sermos “gente.

Construir um mundo melhor, mais justo, mais humano, onde as pessoas se respeitem mutuamente.

É utópico?

Precisamos de acreditar!

Está na hora de transmitir essa mensagem.

Nossos filhos merecem, e nossos netos certamente nos irão agradecer!

 
Diogo_Mar

sexta-feira, 19 de abril de 2013

O DEGREDO DO FACEBOOK



Sempre vos digo que esta rede social está mesmo um degredo.
O sentido verdadeiro de rede social, descaracterizou­-se, e cada vez mais se acentua essa deformação pela orgânica e gestão do Facebook.
É uma rede social sem um rosto para dar cabal resposta as questões que lhes são colocadas na devida página,
Mas que de todo, grosseiramente ignoram.
A isto chama-se falta de respeito.
Depois, vou cada vez mais assistindo a desvaneios verbais e visuais que muitos dos utilizadores vão pautando a sua conduta por aqui.
Isto mais parece por vezes muro de lamentações, ou em expressão mais popular, lavar roupa suja, ou autênticas diarreias cerebrais.
Desde partilhas escabrosas a exibicionismo pessoal, muitas vezes carregado de mera fantasia.
Agora pegou em moda a publicação de fotografias em grande abundância,
Mostrando tudo que se faz, e o que não se faz, mas fica bem é giro mostrar.
É giro dizer que se tem quando na realidade nunca se teve.
É giro dizer que se faz, e que se vai onde nunca se foi nem fez.
É giro deixarem-se embalar num mundo virtual, com o real a passar-lhes ao lado.
É giro, o Facebook ser a montra de todas as falsas ilusões e sonhos.

É giro trazer e publicar e descrever a nossa vida pessoal para aqui.
Mas agora pergunto eu.
Será que estas pessoas, e não estou a circunscrever só a malta nova, não mede o ridículo a que se expõem?
Ou querem ser elas, atores intervenientes num Big Brother aqui no Facebook?
Bom, isto já atingiu proporções muito preocupantes.
Isto já resvala para pobreza de espirito, com graves desvaneios de desequilíbrios mentais e psicológicos.
Troca de insultos, defecando linguagem vernácula.
Piropos grosseiros e de muito mau gosto.
Aproveitamento de algumas situações para extorquir dinheiro, ficando em descrédito outras que até mereciam uma boa e importante ajuda.
Um autentico bume publicitário que da revolta a qualquer um dos mortais.
Afinal isto é o verdadeiro espirito de uma rede social?

"O mundo é feito pelo esforço dos inteligentes, mas são os imbecis que o desfrutam."

Diogo_Mar

terça-feira, 9 de abril de 2013

Ao Acaso



Caminho ao acaso, perdido na multidão.
Não me revejo neles.
Haverá alguém que me dê a mão?


Caminho ao acaso, sem rumo nem direção.
Solto as amarras ao encontro da paixão.


O meu peito expele lampejos de falsas ilusões.
Será que no meio da multidão, encontro um verdadeiro enlace as minhas frustrações?


Caminho desamparado, a procura dos teus braços.
Por favor não me negues, o teu abrigo.
Eu procuro-me, mas só me encontro contigo.


Vida retorcida, vida desmembrada,
Onde é que estás para me tirares desta errada.


Mergulho nesta amálgama, de indefinições, e desejos.
Procuro o calor do teu corpo, e a fonte dos teus beijos.


Quero saciar a minha cede, a minha fome!
Tu tens a poção mágica de me fazeres homem!


Embarco no teu corpo, que imana um perfume de jasmim,
Tu dizes que eu sou teu?
E eu quero-te para mim!


Egoísta?
Sim, por ti meu amor.
Só tu sabes tratar-me as feridas,
E trazeres-me o teu calor.


Arde em mim uma autêntica fogueira
Chamas-me de tua pátria!
E tu?
Tu és a minha bandeira!


Há! Amor,
Esse fogo incandescente,
Tu és a minha fonte!
Eu a tua nascente!


Juntos, corremos ao acaso.
Em busca da razão.
Faço do teu corpo meu estandarte.
Do meu, o pagão!!!



Diogo_Mar