sábado, 11 de maio de 2013

Os nossos olhos estão cegos melhor é recorrer aos da alma



Urge a necessidade suprema de nos transcender, e sabermos enfrentar as agruras da vida.

Estamos a um paço do abismo, vamos, abrir os braços, e saltar, para o outro lado?

Sim?

Não?

Querer, é vencer.

Venha daí essa força.

Eu quero, flutuar ao sabor do vento, o meu melhor confidente, e que me sussurra os seus concelhos.

De resto, só em perfeita sintonia com as forças da mãe natura, é que nos encontramos. É o poder mais que perfeito.

Que vale a nossa racionalidade, se não queremos entender isso?

Somos filhos dela, uma ínfima partícula, degenerada.

Os filhos não mal tratam os seus progenitores.

Temos, e merecemos ser punidos.

Pobre homem, para onde vais?

A nossa vida perdeu objetividade, tentamos resolver as pequenas coisas, quando temos outras grandes pendentes.

Abrimos a porta às futilidades. Esquecendo que ela é feita de pormenores. Coisas simples e pequenas, engrandecem o homem.

Esse seria o trilho certo.

Quantas vezes olho, a linha do horizonte e penso!

Sou um simples objeto da sociedade moderna, da Coca-Cola, do hambúrguer do plástico.

Como eu gostaria de fazer o meu leito, tendo como travesseiro, as montanhas, como lençóis a mais densa vegetação,

A luz, o sol.

O despertador o vento,

Ouvindo as mil músicas, como só o mar sabe cantar.

Preguiço, esfrego os olhos, e tenho medo de acordar.

Quero ter asas, Quero gritar,

Eu sou eu. Beliscar-me e sentir a dor, já não sou artificial. Vou em busca de uma mão, de um gesto, de uma luz, de uma palavra quente e verdadeira

 Sabem o quanto é importante termos referências na nossa vida?

Termos algo que nos estimule a projetar e realizar os nossos sonhos.

Mas, sonhos?

Isso o que é?

Aquilo que desejamos, cor-de-rosa, ou azuis?

O sonho não passa de ser um falso alimento para a alma.

Diga-me alguém vive de sonhos?

Claro que não, as certezas é que fazem lei.

Mas nunca podemos, ter certeza de nada.

Vamo-nos despir de todos os preconceitos, convencionados por uma sociedade de fachada, prisioneira, das maiorias aglutinadoras.

Temos cinco dedos na mão e nenhum é igual, mas todos nos são úteis.

Almejamos a perfeição, só em pensar assim, já estamos a ser imperfeitos.

Quero é sentir o sol, o vento, os pássaros; caminhar descalço beber a água na nascente. Água é vida, e eu ando à procura de viver, e não de vegetar, e cair a cada armadilha, a cada rasteira.

Gostava de ler nos olhos do meu semelhante a sinceridade, a alegria de viver.

Em vez de angústia, e covardia.

Quero Sentir-me, filho da natureza. Padecer do síndroma da liberdade, plena e absoluta.

Compreender e respeitar o reino animal, e a sua hierarquia, a sua irracionalidade racional.

Os meus olhos vertem lágrimas de sangue, o meu peito mais parece um vulcão a expelir raiva, desilusão e dor.

Soltem-me as amarras, quero ir à conquista de mim, dos meus ideais, que parecem inatingíveis mas que começam na minha casa, no meu prédio, na minha rua.

Eu, sou eu. E não os outros.

Agora que falamos tanto em reciclagem, comecemos pela sociedade, materialista, e sem valores pelos quais devia-mos reger a nossa conduta, sem atropelar ninguém, sem colocar-mos rótulos, quando nos devia-mos olhar ao espelho.

Temos medo? Pavor? Vergonha?

Tanta fachada. Quando por dentro estamos podres.

Não conseguimos gostar de nós, como vamos, gostar dos outros?

Eu quero gritar. Caiam as máscaras.

Quero gostar do meu semelhante, da minha família, dos meus amigos e dos meus. Inimigos.

Não me revejo nesta selva de cimento armado, neste stress, sem termos tempo para pensar.

Tropeçamos no egoísmo, esbarramos no egocentrismo, na ingratidão.

Tudo se resume a uma pastilha elástica, masca-se, enquanto é doce, de seguida cospe-se.

Não dá-mos valor a nada. Estamos, manietados e robotizados pela vida errante que adotamos.

É esta, a herança que vamos transmitir aos nossos filhos?

Puxamos nós pelos galões do moralismo, ou seja do falso moralismo quando não servimos de exemplo. Somos falsos profetas numa aldeia global onde temos que coabitar.

Mais vale eu fazer a minha própria história. Aquela, que não vivi, mas que conto a mim próprio, e as paredes do meu quarto. Dessa forma, consigo encontrar o meu equilíbrio no meu subconsciente.

Sou doido? Acha?

Mas sou feliz.

 

DIOGO_MAR

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