segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

O AVESSO DO NATAL



Ora aí está, mais uma vez o frenesim e o consumismo exacerbado do Natal, circunscrito aos bens materiais.

Temos mais do mesmo é assim todos os anos.

Haja dinheiro e créditos, que esta gente embriaga-se de compras.

Compras e mais compras, como se não houvesse amanhã.

Gasta-se o que se tem, e o que não se tem.

Mas eu quero!

E continuo a crer, e crer muito!

É esta mentalidade irrealista, possuída pela sofreguidão vorás que nos conduzi-o a esta realidade pantanosa, onde submergiram os valores.

Muita gente, carrega orgulhosamente o estandarte dessa praga que descaracterizou esta época festiva.

Mais grave, é a herança que passaram e teimosamente continuam a passar aos seus descendentes.

A correria desenfreada a bens supérfluos, só porque fica bem exibi-los perante os outros transforma o espírito natalício, num espírito de hipocrisia doentio.

Tudo se esfuma, na manhã do dia seguinte, num oceano de papéis de embrulho e numa montanha de caixas, agora despojadas de sonhos e ilusões.

Depois vestem a pele de falsos moralistas quando confrontados com este flagelo social.

Haja pudor!

 


Diogo Mar

3 comentários:

  1. Caímos todos no erro de andar preocupados com as prendas e assim e esquecemo-nos do verdadeiro sentido de Natal

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  2. Amigo, de facto há ainda imensas pessoas que cedem ao encanto das montras atrativas e consomem, consomem. Contudo, também há imensa gente que gere muito bem este apelo visual (e até tem um certo poder de compra), pois já alcançou um patamar de maturidade e bom senso. O que partilho contigo é a tristeza que sinto perante a indiferença que nutrem pelo outro, nesta ou noutra época...
    Gostei muito de (te) ler.
    Bjo, Diogo

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  3. Verdade, a época de Natal, tornou-se uma das preferidas do comércio. Nunca será aí que reside o verdadeiro espirito do Natal,
    Abraços

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