quinta-feira, 23 de maio de 2013

A CASA DO ALÉM



Afinal perguntas tu, quem sou eu?
Eu tu, ou ninguém?
Procuro a minha identidade perdida pela cidade,
Em busca da sua essência.
Afinal este meu estado leva-me a relutância.
A relutância de não saber de mim,
Procurando incessantemente sem ver o fim.


Onde estou?
Para onde vou?
Perdido na bruma da manhã fria e gelada,
Será que a minha identidade vem numa montada alada?


Será que calcorreia os caminhos da razão,
Ou será que eu próprio traio o coração.


Quero a minha identidade, perdida pela idade,
Idade intemporal da vida, devida vivida e enganadora.
Quero guardá-la numa profunda cumplicidade arrebatadora.


Por isso vida, não brinques comigo,
Ao jogo do esconde esconde.
Eu vou sempre amar-te com a mesma intensidade,
Que percorre a minha idade.


Tu que vens da casa do além,
Sem seres porta-voz de ninguém,
Sem teres passaporte
Não sei o teu ponto cardial,
Se sul, ou norte.


Apenas sei que existes, lá longe no além.
Eu aqui humildemente
Sou eu? Tu?
Ou ninguém!

 

Diogo_Mar

 

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