quinta-feira, 30 de maio de 2013

O DOURO AOS MEUS PÉS



Eu aqui debruçado na varanda do tempo
Repousando o meu olhar no horizonte, rebuscando na minha memória aquele momento.

 
Momento esse, que me transporta nos braços da magia
Percorro a estrada do meu pensamento
Bebendo o trago mais profundo da alegria

 
Alegria muitas vezes de aparato
Como de uma peça se tratasse, que ao ator lhe tenham trocado o ato.

 
Embriago os meus olhos nesta paisagem tão frondosa
Neste Douro de lágrimas e suor
Labutas noite e dia,
Como se foces filho de um Deus menor.

 
Ó natureza em anfiteatro
Tricotada de múltiplas flores
És banhada por um rio, que me traz notícias dos meus amores.

 
Notícias doces e agrestes
Servidas neste cálice de uma cúmplice aliança
Tenho os meus olhos rasos de água, por quase perder a esperança.

 
Quero fazer um brinde a vida, com o néctar
Que esta terra me oferece
Quero bordar neste vale, as palavras da minha prece.

 
Ó Douro, terno e agreste
Altar da minha vida
Não me canso de te amar, sem conta e sem medida.

 
Que loucura sadia, e que tanto gosto
Serpenteio os teus caminhos íngremes, inalando este mosto.

 
Ó Douro vinhateiro, de candura inigualável
Arrebatas o meu coração, de orgulho e encanto
Nesta beleza única e inestimável!

 

 
DIOGO_MAR

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